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Bancos e seguradoras buscam alternativas em previdência

Fonte DCI

Bancos e seguradoras estão buscando novas alternativas para garantir a rentabilidade e a captação de seus planos de previdência complementar aberta ante a queda gradual da taxa básica de juros de 12,5% ao ano para 7,25% ao ano nos últimos doze meses.

Até 25 de outubro último, a captação líquida dos fundos de previdência abertos alcançou R$ 23,741 bilhões. Como faltam dois meses de forte captação - novembro e dezembro - motivados por depósitos do décimo terceiro salário dos trabalhadores, o mercado deve bater o recorde de 2011, quando a captação líquida atingiu R$ 25,35 bilhões.

"O mercado pode ter um crescimento nominal superior a 25% em 2012", espera o superintendente-executivo de Vida e Previdência da seguradora SulAmérica, Fabiano Lima.

Para manter o bom desempenho em captação, a Brasilprev informou que já se havia antecipado ao movimento de inovação com seus produtos Ciclo de Vida, cujo plano 2020 rendeu 16,46% no ano e 1,66% em outubro, compondo a carteira com títulos de renda fixa e ações.

Já a Caixa Seguros cortou a zero as taxas de carregamento de todos os seus planos. "Com a redução dos juros, a isenção da taxa de carregamento para a previdência torna o produto mais vantajoso", afirma Juvêncio Braga, diretor da Caixa Previdência.

Segundo a Caixa Seguros, o corte da taxa de carregamento representa uma economia de 5% para o cliente, em relação aos planos dos concorrentes.

Agora, instituições privadas como a SulAmérica se posicionam e anunciam dois novos produtos ao mercado, um fundo de previdência índice de preços e outro plano de renda variável com gestão ativa.

"Nosso objetivo é agregar ainda mais a inteligência de mercado e entregar ao cliente rendimentos maiores", afirma o vice-presidente de da área de Pessoas e Previdência da SulAmérica Investimentos, Renato Terzi.

Lima explica que até junho 46% dos planos da SulAmérica estavam concentrados em fundos de previdência conservadores. "Muitos ainda estão em renda fixa que acompanha o CDI [certificado de depósito interbancário], mas temos notado aumento de pedidos de transferência para planos moderados, pois os clientes conservadores ainda não estão confortáveis de investir em Bolsa", diz o superintendente.

Entre as estratégias para conquistar a clientela, a instituição cortou a taxa de carregamento a partir do terceiro ano de permanência, mantendo taxa de 2% no primeiro ano, e taxa de 1% no segundo ano de permanência.

Nos produtos novos, o previdência índice de preços Prestige Inflatie Prev possui taxa de administração de 1% ao ano. É um fundo de perfil moderado, que tem no mínimo 95% dos rendimentos atrelados ao Índice de Mercado Anbima-B (Ima-B), que reflete o mercado de papéis públicos NTN-B (Notas do Tesouro Nacional série-B) atrelados ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais uma taxa real de juros, que atualmente oscila entre 2,28% ao ano para vencimento em 2015 e 4,07% ao ano com prazo de vencimento para 2035.

Já o previdência de gestão ativa Prestige Total Prev possui taxa de administração de 1,5% ao ano. "É um fundo agressivo, que terá 49% em papéis de renda variável e 51% em renda fixa, mas com o diferencial, em relação aos multimercados, de buscar uma valorização acima do Ibovespa", detalhou o superintendente da SulAmérica.

No entanto, os novos produtos da seguradora só estão disponíveis para investidores com aplicação inicial de R$ 200 mil. "É para um público que conhece melhor o perfil de risco dessas carteiras", justificou Lima.

Aos pequenos investidores, o menor aporte inicial exigido é do Caixa Seguros, no valor de R$ 35. "O acesso da população a esse tipo de investimento fica bem mais democrático", diferencia o diretor Juvêncio Braga. A rentabilidade do Previdência RF 70 alcançou 7,72% no ano até 29 de outubro.

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