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Fenseg descarta reajuste linear

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

Aumentos já começaram, principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro, variando de 7% a 10%. Tendência de alta deve permanecer em 2013, devido ao ritmo ascendente da taxa de sinistralidade

O diretor-executivo da Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg), Neival Rodrigues Freitas, assegurou, nesta quintafeira, que o eventual reajuste de preços do seguro de automóvel em 2013, se houver e onde ocorrer, não será “de forma alguma” linear. “Isso não existe. Cada seguradora verifica a necessidade de aumentar ou mesmo reduzir o preço do seguro, dependendo da experiência de sua carteira de negócios”,
observou.

O executivo afirmou que, de fato, existem “fatores negativos”, que podem pesar no momento em que as seguradoras estiverem avaliando a necessidade de ajustes. Ele citou, como exemplo, o aumento da taxa de sinistralidade, ocasionado especialmente pelo recrudescimento do roubo e furto de veículos em algumas das
grandes metrópoles brasileiras. Mas, assinalou que existem também regiões onde é possível que haja redução do valor cobrado ao segurado.

No começo desta semana, o Sindicato dos Corretores de Seguros de São Paulo (Sincor-SP) anunciou que os ajustes já começaram, principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro, variando de 7% a 10%. Segundo analistas, essa tendência deve ser mantida no próximo ano, com reajustes de pelo menos 10%.

“As empresas terão que compensar a alta da inflação e a diminuição das receitas por causa dos juros”, comentou o consultor Francisco Galiza, da consultoria Rating de Seguros, acrescentando que o resultado financeiro tem um peso de até 65% no lucro das seguradoras.

Mercado global

A carteira de automóvel é a principal no segmento de seguros de danos do mercado brasileiro, respondendo por cerca de 50% da receita de prêmios movimenta pelas seguradoras.

No mercado internacional, os preços dos seguros continuaram a subir durante o terceiro trimestre de 2012, seguindo a tendência que começou na segunda metade do ano passado. É o que aponta o relatório Marsh Risk Management Global Insurance Index, segundo o qual os preços para todas as linhas de seguros subiram cerca de 0,9% entre julho e setembro. Já as taxas de renovação aumentaram em média 1,4% nesse período, o mesmo nível de aumento para as renovações que ocorreram no trimestre anterior.

Segundo o CEO da Bowring Marsh, Andrew Chester, enquanto o mercado global de seguros continua em estado claro de transição, os resultados para os segurados individuais variam significativamente.

Algumas linhas sentiram um endurecimento do cenário, com a ascensão média de 1,9% das taxas de seguros financeiros e executivos para renovações, uma tendência já anunciada no ano anterior. Instituições financeiras nos principais países da Zona do Euro vivenciam aumentos nas taxas de prêmios do seguro de responsabilidade civil à medida que as seguradoras endurecem suas condições. As taxas do seguro de propriedade, ainda segundo o relatório da Marsh, se estabilizaram graças à falta de grandes perdas ocasionadas por catástrofes naturais neste ano, mas continuaram a aumentar a uma média de 1,2% na renovação.

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