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Sandy: Aon estima que perdas serão recordes nos EUA

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

O último relatório Global Catastrophe Recap, produzido mensalmente pelo grupo norte-americano Aon, de análise de risco e corretagem de seguros, revela que o furacão Sandy será um dos desastres naturais mais custosos da história dos Estados Unidos. As perdas econômicas superam US$ 30 bilhões, de acordo com números iniciais divulgados pelos estados atingidos.

Segundo o relatório, estimativas divulgadas pela indústria sugerem que o total de perdas seguradas se aproxima ou supera US$ 10 bilhões. Mais de 60 milhões de pessoas em 24 estados foram afetadas. Os efeitos incluem mais de 8,5 milhões de interrupções de energia, 21 mil cancelamentos de voos, amplos danos à infraestrutura, desligamentos de reatores nucleares e dois dias sem transações nas bolsas de valores de Nova York e Nasdaq.

Efeito no Brasil

Para o diretor da Aon Risk Solutions Brasil, Maurício Masferrer, o mercado brasileiro de seguros não deve sentir rapidamente as consequências do prejuízo causado pelo furacão Sandy. “O impacto poderá ser sentido no médio prazo, nos próximos 12 meses, caso o mercado de resseguros seja afetado. Isso deve acontecer se as perdas ultrapassarem US$ 10 bilhões”, assinala. Ainda assim, ele entende que o impacto será indireto e estará ligado à busca de maiores retornos sobre o capital dos resseguradores, que buscarão os territórios onde os preços aumentarem e que, portanto, poderão representar um maior retorno ao capital.

O executivo diz que, para analisar a reação imediata do mercado de resseguros ao evento, vale a pena ficar atento às renovações dos contratos automáticos do final do ano, que são as negociações das seguradoras para terem uma linha automática de proteção para sua carteira de negócios, ainda que, na ocasião, não estará definido o tamanho exato das perdas. “O Sandy só será totalmente ‘digerido’nos próximos seis meses e, até lá, as estimativas de perdas devem flutuar bastante”, acredita Maurício Masferrer.

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