Segurança além da velhice
Fonte Diário de Pernambuco
Com a expansão da renda no Nordeste, a popularidade dos seguros de vida cresce a taxas de 50% ao ano
Bruna Siqueira Campos - Diario de Pernambuco
Mau agouro, azar, deixar dinheiro para os outros. Não é raro ouvir argumentos assim quando a pergunta é “por que não fazer um seguro de vida?”. Apesar dos mitos que ainda cercam o assunto, a ascensão da nova classe média tem levado o nordestino a pensar diferente. Hoje, não é só o público de alta renda que se preocupa em garantir a estabilidade financeira de parentes ou herdeiros em caso de morte ou invalidez por acidente. A venda de apólices, disponíveis no mercado com mensalidades a partir de R$ 10, tem crescido a taxas de 20% ao ano no país, segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão que regula o setor.
“Esse produto tem crescido no Brasil desde o lançamento do Plano Real, em 1994. Mas no Nordeste, a expansão vem ocorrendo mais fortemente nos últimos cinco anos”, comenta Múcio Novaes, presidente do Sindicato das Seguradoras no Norte e Nordeste (Sindseg N/NE).
O bom momento foi percebido pelas gigantes do setor e tem sido aproveitado por empresas como a Icatu Seguros, que há quase dois anos inaugurou sua base nordestina com um escritório no Recife. A seguradora, que chegará ao fim de 2012 com mais de R$ 10 bilhões em administração de ativos e recursos, calcula que a contratação de seguros de vida cresceu quase 50% neste ano. O desempenho se aproxima à performance da previdência complementar, cujo crescimento vigoroso garante a esse produto um dos primeiros lugares entre os “sonhos de consumo” do brasileiro que planeja suas finanças. Somente em Pernambuco, são cerca de 4 mil clientes.
“No primeiro trimestre do próximo ano vamos lançar um produto conjugado, que alia previdência e seguro de vida para os que desejam proteger suas famílias”, adianta o vice-presidente de Planejamento e Vendas da Icatu, Luciano Snel. A empresa é uma seguradora independente com foco em seguros de vida, previdência, capitalização, administração de recursos e fundos de pensão. No primeiro semestre, obteve lucro de R$ 104 milhões, um recorde para a seguradora, que hoje possui 22 filiais e no próximo ano abrirá mais sete escritórios.
Mas qual o perfil dos clientes que contratam um seguro de vida no Nordeste? Por conta da baixa penetração desse produto no país, o setor alega não ter um perfil bem desenhado do seu público-alvo. Clientes como Pedro Pessoa, 27, são uma exceção à regra. Executivo de um banco de investimentos, ele fez sua primeira apólice quando ainda era estagiário, aos 17 anos de idade. Também garante não ter sido influenciado por parentes. Desde então, só mudou os nomes dos seus beneficiários: se antes eram os pais e depois a esposa, aos 23, agora Pedro se preocupa com o futuro do filho. “É um cuidado a mais que tenho, já que viajo muito de avião. Me sinto mais confortável, caso aconteça algo”, conta o executivo, que também decidiu fazer seu primeiro seguro para testar benefícios.
Nem todo mundo sabe, mas alguns bancos e seguradoras oferecem descontos em academias, farmácias e até spas e clínicas de estética. Para tornar o produto mais atrativo, é possível ainda obter um seguro de vida e ter assistência 24 horas em viagens ou participar de sorteios, por exemplo. “O pagamento da indenização também é relativamente rápido. Depois de comprovada toda a documentação, são cerca de 30 dias”, comenta Múcio Novaes, do Sindseg. De acordo com ele, a remuneração desses contratos não foi influenciada pela queda das taxas de juros no país, que forçou uma reestruturação dos planos de previdência privada.
Saiba mais
O seguro de vida geralmente tem a função específica de indenizar um beneficiário em caso de falecimento ou invalidez. Mas existem também os que geram uma reserva para o segurado que pode ser resgatada, caso o cliente desista do contrato;
Antes de firmar um contrato, procure um produto que atenda suas expectativas. Ele pode ser contra acidentes pessoais, causas naturais ou ambos. Há ainda serviços adicionais e auxílio funeral, entre outros detalhes;
Atente ao valor segurado, mensalidades e se existe carência. Mas lembre-se que o preço pode variar conforme o aumento da idade;
Assine a proposta de adesão e, caso haja declaração de saúde, não omita fatos, sob risco de negativa de indenização;
Ao receber o certificado, verifique todos os itens. Em caso de divergência, procure a seguradora;
Informe sua família que contratou um seguro, pois em caso de sinistro, os beneficiários têm até um ano para solicitar indenização.
Com a expansão da renda no Nordeste, a popularidade dos seguros de vida cresce a taxas de 50% ao ano
Bruna Siqueira Campos - Diario de Pernambuco
Mau agouro, azar, deixar dinheiro para os outros. Não é raro ouvir argumentos assim quando a pergunta é “por que não fazer um seguro de vida?”. Apesar dos mitos que ainda cercam o assunto, a ascensão da nova classe média tem levado o nordestino a pensar diferente. Hoje, não é só o público de alta renda que se preocupa em garantir a estabilidade financeira de parentes ou herdeiros em caso de morte ou invalidez por acidente. A venda de apólices, disponíveis no mercado com mensalidades a partir de R$ 10, tem crescido a taxas de 20% ao ano no país, segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão que regula o setor.
“Esse produto tem crescido no Brasil desde o lançamento do Plano Real, em 1994. Mas no Nordeste, a expansão vem ocorrendo mais fortemente nos últimos cinco anos”, comenta Múcio Novaes, presidente do Sindicato das Seguradoras no Norte e Nordeste (Sindseg N/NE).
O bom momento foi percebido pelas gigantes do setor e tem sido aproveitado por empresas como a Icatu Seguros, que há quase dois anos inaugurou sua base nordestina com um escritório no Recife. A seguradora, que chegará ao fim de 2012 com mais de R$ 10 bilhões em administração de ativos e recursos, calcula que a contratação de seguros de vida cresceu quase 50% neste ano. O desempenho se aproxima à performance da previdência complementar, cujo crescimento vigoroso garante a esse produto um dos primeiros lugares entre os “sonhos de consumo” do brasileiro que planeja suas finanças. Somente em Pernambuco, são cerca de 4 mil clientes.
“No primeiro trimestre do próximo ano vamos lançar um produto conjugado, que alia previdência e seguro de vida para os que desejam proteger suas famílias”, adianta o vice-presidente de Planejamento e Vendas da Icatu, Luciano Snel. A empresa é uma seguradora independente com foco em seguros de vida, previdência, capitalização, administração de recursos e fundos de pensão. No primeiro semestre, obteve lucro de R$ 104 milhões, um recorde para a seguradora, que hoje possui 22 filiais e no próximo ano abrirá mais sete escritórios.
Mas qual o perfil dos clientes que contratam um seguro de vida no Nordeste? Por conta da baixa penetração desse produto no país, o setor alega não ter um perfil bem desenhado do seu público-alvo. Clientes como Pedro Pessoa, 27, são uma exceção à regra. Executivo de um banco de investimentos, ele fez sua primeira apólice quando ainda era estagiário, aos 17 anos de idade. Também garante não ter sido influenciado por parentes. Desde então, só mudou os nomes dos seus beneficiários: se antes eram os pais e depois a esposa, aos 23, agora Pedro se preocupa com o futuro do filho. “É um cuidado a mais que tenho, já que viajo muito de avião. Me sinto mais confortável, caso aconteça algo”, conta o executivo, que também decidiu fazer seu primeiro seguro para testar benefícios.
Nem todo mundo sabe, mas alguns bancos e seguradoras oferecem descontos em academias, farmácias e até spas e clínicas de estética. Para tornar o produto mais atrativo, é possível ainda obter um seguro de vida e ter assistência 24 horas em viagens ou participar de sorteios, por exemplo. “O pagamento da indenização também é relativamente rápido. Depois de comprovada toda a documentação, são cerca de 30 dias”, comenta Múcio Novaes, do Sindseg. De acordo com ele, a remuneração desses contratos não foi influenciada pela queda das taxas de juros no país, que forçou uma reestruturação dos planos de previdência privada.
Saiba mais
O seguro de vida geralmente tem a função específica de indenizar um beneficiário em caso de falecimento ou invalidez. Mas existem também os que geram uma reserva para o segurado que pode ser resgatada, caso o cliente desista do contrato;
Antes de firmar um contrato, procure um produto que atenda suas expectativas. Ele pode ser contra acidentes pessoais, causas naturais ou ambos. Há ainda serviços adicionais e auxílio funeral, entre outros detalhes;
Atente ao valor segurado, mensalidades e se existe carência. Mas lembre-se que o preço pode variar conforme o aumento da idade;
Assine a proposta de adesão e, caso haja declaração de saúde, não omita fatos, sob risco de negativa de indenização;
Ao receber o certificado, verifique todos os itens. Em caso de divergência, procure a seguradora;
Informe sua família que contratou um seguro, pois em caso de sinistro, os beneficiários têm até um ano para solicitar indenização.
Nenhum comentário
Escreva aqui seu comentario