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Bradesco Seguros quer dobrar receita

Fonte; Brasil Econômico

Em 2012, atividade de seguros do Bradesco arrecadou R$ 44,3 bilhões, avanço de 17,7% no ano

A seguradora do Bradesco traçou como estratégia para este ano crescer explorando melhor a base de clientes do próprio banco: vendendo mais produtos para os que já tem, e conquistando novos correntistas. É dessa forma que, segundo disse o presidente Marco Antonio Rossi, a companhia espera conseguir dobrar o faturamento. Rossi, no entanto, não deu um prazo para chegar lá.

“A estratégia está focada em crescimento orgânico”, informou Rossi, em entrevista exclusiva ao BRASIL ECONÔMICO. Entre 2006 e 2012, a seguradora cresceu a uma média de 15% ao ano em arrecadação e, se mantido o mesmo ritmo, pode dobrar a receita em menos de sete anos.

Uma forma de promover a estratégia é vender produtos conjugados aos clientes, que ajudam a incrementar o número de produtos por segurado. “O número de clientes com mais de um produto saltou de 19% em 2011 para 25% em 2012 na seguradora”, comemora o executivo, que quer alavancar essa estatística. Outra forma é oferecer mais produtos aos correntistas do banco — um universo de 25,7 milhões de pessoas a explorar. Para se ter uma ideia, apenas 20% dos clientes do banco têm seguro de vida ou capitalização com a seguradora e 9% possuem previdência privada. Além disso, de janeiro a dezembro de 2012, as 52 novas agências do Bradesco venderam 500 mil apólices, ou 5% no total.

Para transformar essa sinergia em resultados, Rossi acredita que o banco precisar manter o índice de sinistralidade (sinistros pagos sobre os prêmios ganhos), que alcançou 70,5% ao final de 2012, ante 68,6% no mesmo período do ano anterior, além de controlar rigorosamente os gastos e investir em tecnologia e mão de obra. “Queremos aumentar a eficiência, para diminuir despesas e melhorar a qualidade de produtos.”

Em 2012, a atividade de seguros do Bradesco arrecado R$ 44,3 bilhões, uma evolução de 17,7% frente a 2011 — dentro do que havia sido traçado pela companhia no início de 2012. No último trimestre do ano, o volume arrecadado foi de R$ 13,2 bilhões, avanço de 30,6%. O montante atingido pela produção representa 25% do mercado segurador brasileiro e mantém o Bradesco na liderança. Para 2013, a estimativa do executivo é crescer de 12% a 15%.

“Poucos setores da economia apresentam crescimento tão acelerado quanto o de seguros”, disse Luiz Carlos Trabuco Cappi, presidente do grupo, em teleconferência ontem. A atividade significou, em 2012, 31,8% do resultado do banco, dentro da média histórica de 28% a 32%, que é a meta para 2013.

Todas as modalidades tiveram crescimento acima de dois dígitos. “Chama atenção o crescimento de seguros massificados, a profissionais liberais e pequenas e médias empresas”, afirma Rossi, citando que o seguro residencial cresceu 25% no último ano, ultrapassando 2 milhões de residências, e que o de planos de saúde para MPEs teve avanço de 30% no período.

O lucro alcançou R$ 3,58 bilhões ao final de 2012, alta de 11,9% frente ao ano anterior. No quarto trimestre, o avanço foi de 15,1% frente aos três meses anteriores, a R$ 964 milhões. “Isso se deveu ao aumento do faturamento, controle da sinistralidade e melhora da eficiência administrativa”, destaca Luiz Carlos Angelotti, diretor executivo do Bradesco.

O índice combinado, que acima de 100% revela prejuízo com a operação de venda de seguros, ficou em 86,6% ao final do ano passado, ficando praticamente estável frente ao trimestre anterior.

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