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Exposição maior a riscos preocupa seguradores

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

O relatório ‘Riscos Globais 2013’, do Fórum Econômico Mundial, realizado com contribuições da corretora de seguros norte-americana Marsh & McLennan e dos grupos suíços Zurich Seguros e Swiss Re, entre outros, indica que o mundo está mais arriscado com os efeitos da crise financeira, em um período de eventos climáticos extremos. Foram ouvidos mais de mil especialistas e líderes empresariais, que apontaram
as severas disparidades de renda e os desequilíbrios fiscais crônicos como os dois principais riscos globais da atualidade. A maioria também demonstrou preocupação com as dívidas governamentais.

Na sequência de um ano marcado por condições meteorológicas extremas, do furacão Sandy às cheias na China, o aumento das emissões de gases de efeito estufa é considerado o terceiro maior risco global, enquanto a incapacidade de adaptação à mudança climática foi vista como o risco ambiental com maiores efeitos de contágio para a próxima década.

Segundo o editor do relatório e diretor-executivo do Fórum Econômico Mundial, Lee Howell, esses riscos globais são essencialmente um alerta de saúde em relação aos sistemas mais críticos. “A resiliência nacional aos riscos globais necessita ser uma prioridade, para que os sistemas críticos possam continuar a funcionar, apesar de grandes alterações”, diz.

Já o diretor de Análise de Riscos do grupo Zurich, Axel Lehmann, afirma que, diante do custo crescente de acontecimentos como o furacão Sandy, as gigantescas ameaças aos “países-ilhas” e às comunidades costeiras, e sem resolver a questão das emissões de gases de efeito estufa, as evidências são claras. “Chegou o momento de agir”, assinala.

Saúde

Os analistas também destacaram que os enormes avanços no campo da saúde deixaram o mundo perigosamente complacente. Na visão deles, a crescente resistência a antibióticos pode empurrar os sistemas de saúde para um colapso, enquanto um mundo hiperconectado facilita a disseminação de pandemias.

Esse risco estabelece as relações entre resistência aos antibióticos, doenças crônicas e o fracasso do regime internacional de direitos de propriedade intelectual, recomendando maior colaboração internacional e modelos de financiamento diferentes.

O relatório aponta ainda preocupação com os riscos socioeconômicos, que estão fazendo derrapar os esforços para ultrapassar os desafios colocados pela mudança climática. Para os especialistas, em um momento em que as mudanças estruturais estão acontecendo na economia e no ambiente, essa questão requer novas abordagens para que sejam realizados os investimentos estratégicos necessários para evitar os piores cenários de ambos os sistemas.

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