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Seguro Condomínio: Ainda mais cara, cobertura ampla não deslancha no País

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

Com preços ainda bastante elevados, a cobertura básica ampla do seguro obrigatório de condomínio ainda não decolou no mercado, cerca de 24 meses depois de disciplinado pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), em dezembro de 2010, segundo atesta o diretor da corretora de seguros APSA, Leandro Schneider. Dados compilados pela empresa, uma das maiores do País no segmento imobiliário, como mais 1.900 clientes em carteira, indicam que apenas dois em cada dez condomínios aderem ao seguro
completo.

A modalidade do produto com cobertura básica ampla protege o imóvel de quaisquer eventos que venham a causar danos materiais, prevendo indenização total, até o limite contratado na apólice, em casos de desmoronamento, alagamentos, inundações, vendaval, furacão, ciclone, tornado, granizo e danos elétricos. O mesmo critério da indenização total se aplicada ainda às garantias opcionais, como tumultos, que não são encontradas na modalidade do seguro de condomínio com cobertura básica simples.

Segundo Leandro Schneider, a pequena adesão ao seguro total se dá mesmo pela diferença de preço, frente ao valor cobrado pelo seguro simples. Ele revela que, inicialmente, a cobertura ampla custava até três vezes
mais que a simples, que se limita a cobrir incêndio, raio e explosão, implosão, quedas de aeronaves ou acionamentos acidentais de sprinklers. O produto permite também a contratação de coberturas adicionais.A título de exemplo, em um prédio cujo seguro saía por R$ 2 mil na cobertura simples, na completa o custo pulava para R$ 6 mil.

Preço em queda

“Na maior parte dos contratos, os síndicos optam pelo plano simples e algumas coberturas extras isoladamente. As coberturas adicionais mais contratadas na APSA são para danos elétricos e responsabilidade civil do condomínio e do síndico”, conta o executivo. Ele acredita, contudo, que aumentará
adesão dos condomínios ao seguro total, “após alguns ajustes feitos e que permitiram a queda de preços”. Com isso, segundo ele, a diferença de preço para a cobertura simples caiu para cerca de 80%, embora o custo do seguro dependa muito do edifício.

Com o tempo, Leandro Schneider diz que as seguradoras conseguiram se adaptar às novas medidas do CNSP, reduzindo os preços dos seguros. “Acreditamos no crescimento da contratação ampla pela sua importância. São coberturas que podem encarecer o valor final, mas são indispensáveis para quem deseja maior segurança e tranquilidade”, defende.

Os últimos dados disponibilizados pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), relativos ao acumulado em 11 meses de 2012, mostram que o seguro de condomínio faturou no período R$ 209,4 milhões, contra R$ 178,7 milhões em 2011, até novembro, registrando crescimento de 17,2%.

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