Breaking News

Prédio no Rio concentrará segmento de resseguros

Fonte: Valor Econômico

A liderança do Rio de Janeiro no bilionário mercado de resseguros, consolidada durante os 70 anos de monopólio do Instituto de Resseguros do Brasil, o IRB, será reforçada no futuro próximo. A cidade vai receber, no primeiro semestre de 2015, o Centro Nacional de Resseguros, empreendimento imobiliário de 74 mil m² de área ocupável, localizado na Cinelândia, no centro, que promete reforçar a infraestrutura do setor no Rio e atrair novas empresas para o município.

"Um grande projeto nunca tem apenas um ressegurador, mas dois, três, às vezes dezenas de resseguradores. E a proximidade [entre as empresas] acaba facilitando os negócios", afirma Paulo Pereira, presidente da Federação Nacional de Empresas de Resseguros (Fenaber). Segundo ele, "congregar corretores, resseguradoras e outras empresas que atuam para o setor, como auditoras e consultorias, facilita as transações e ajuda a reduzir custos e potencializar os negócios". A iniciativa da Fenaber, com o apoio da Rio Negócios, a agência de promoção de investimentos da prefeitura, tira do papel um desejo antigo do setor, um espaço capaz de aproximar as empresas que integram a cadeia de resseguros.
Em março de 2012 a Fenaber contratou a consultoria imobiliária Jones Lang LaSalle para selecionar um empreendimento capaz de abrigar os estimados 50 mil m2 de área de escritórios que as empresas do setor já ocupam no Rio. O projeto escolhido compõe três torres do fundo imobiliário do Opportunity no quarteirão entre as ruas Evaristo da Veiga, Passeio e a Rua das Marrecas. Os prédios estão em construção desde o começo de 2012 e devem estar prontos no fim de 2014.
Jomar Monnerat de Carvalho, diretor do fundo, estima o valor geral de vendas (VGV) das torres em R$ 1 bilhão. "É o maior empreendimento do fundo Opportunity no Brasil. Se o empreendimento for ocupado apenas com locações, os valores arrecadados com os aluguéis das três torres seriam superiores a R$ 100 milhões por ano, ou R$ 8,5 milhões por mês", diz.
Além das torres, o espaço do fundo também abarca o Cine Palácio, primeiro cinema da cidade a exibir filmes com áudio. O Palácio terá sua fachada, do começo do século 20 em estilo eclético, restaurada e será transformado em espaço cultural.
É provável que o Centro Nacional de Resseguros ocupe ao menos duas das torres em construção. "Mas a área adicional pode ter uma ocupação de empresas do setor também", diz Monica Barg, diretora de locação da Jones Lang para o Rio. Escolhido o projeto, a Jones Lang vai agora ao mercado oferecer o espaço às empresas.
Para Marcelo Haddad, diretor da Rio Negócios, a expectativa da prefeitura é que o projeto ajude a transformar o Rio em um "hub" do setor na América Latina. A cidade, diz, já concentra entre 60% e 70% do mercado nacional. O Rio também abriga a Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão regulador do segmento, além da federação das empresas.
"Há um grande "player" na cidade com o IRB [que detém cerca de 50% do mercado brasileiro], mas uma boa parte desse setor está dividido entre o Rio e São Paulo", diz. "Mas a gente vai fazer a promoção do Centro Nacional no exterior também", diz Haddad, apostando no potencial de atração do mercado brasileiro.

Nenhum comentário

Escreva aqui seu comentario