Prudential faz parceria com a XP e vai ao varejo

Fonte: Valor Econômico

Há 15 anos no Brasil, a seguradora americana Prudential, especializada em seguro de vida individual, começa a ir ao varejo. Para isso, fechou uma parceria com a XP Investimentos, a maior corretora de investimentos não ligada a banco do país, para distribuir seus produtos. E negocia novos acordos. Temos conversas bem adiantadas, diz o vice-presidente de operações da Prudential do Brasil, Fernando Pinto.

A Prudential é conhecida por oferecer apólices de forma consultiva, e não um produto pronto de prateleira, como a maioria do mercado. A análise de risco da seguradora engloba desde a saúde física e financeira do cliente, até o tipo de esportes que pratica e hobbies que possui.

Para isso, a distribuição é feita por meio de corretores treinados pela seguradora chamados de life planners. Hoje, a seguradora tem 600 deles no país. Para manter essa venda personalizada, a Prudential vai treinar os assessores financeiros da XP, assim como já faz com os corretores.

Essa foi uma preocupação na escolha do parceiro, para buscar empresas que consigam comercializar e manter a venda personalizada, diz o vice-presidente. A XP já tem essa abordagem consultiva de planejamento financeiro na oferta de produtos de investimentos. A XP vai distribuir as apólices por intermédio de sua corretora de seguros e será remunerada com uma comissão.

Fechar parcerias para distribuição faz parte dos planos de expansão da seguradora, o que também inclui treinar novos corretores e abrir novos escritórios no país. Hoje, a Prudential tem 17 agências distribuídas por São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul. Em fevereiro, serão abertas mais cinco unidades, incluindo duas em Brasília.

O segmento de seguro de vida individual tem mostrado crescimento vigoroso nos últimos anos, na esteira do avanço da renda da população. De acordo com os últimos dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), de janeiro a novembro de 2012, a modalidade faturou R$ 833 milhões, crescimento de 27,7% na comparação com igual período de 2011.

Mas ainda assim tem muito espaço para crescer. Citando um estudo da resseguradora Swiss Re, Pinto observa que a proporção da receita no mercado de seguro de vida no PIB brasileiro é de 1,7%, enquanto nos EUA é de 3,6%.