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Apólices ainda são limitadas

Fonte Valor Econômico

Por Denise Bueno | Para o Valor, de São Paulo

Sua empresa está protegida de um ataque de hackers? Quais os prejuízos caso os dados de clientes sejam roubados? Geralmente, quando o corretor de seguros faz essa pergunta aos gestores de riscos das corporações, a resposta é sim para a primeira e não sei para a segunda. No entanto, o risco de ter os dados roubados e arcar com indenizações elevadas é cada dia maior.

Uma pesquisa sobre percepções do risco cibernético, patrocinada pela seguradora americana AIG, revelou que entre os executivos, a maioria está mais preocupada com as ameaças virtuais do que com outros riscos empresariais. Mais de 85% dos 258 pesquisados disseram que estavam muito preocupados ou pelo menos cautelosos com os riscos cibernéticos em suas organizações - índice superior aos de perda de renda (82%), danos à propriedade (80%), e títulos e investimentos de risco (76%).

Mais de dois em cada três (69%) executivos e corretores acreditam que o risco para a reputação decorrente de um ataque cibernético é muito maior do que o de um risco financeiro. A grande maioria dos corretores e executivos (82%) considera que os hackers são a principal fonte de ameaças, embora uma parcela significativa, de 71%, também aponte o erro humano como um componente significativo para o risco cibernético.

"As empresas relutam em admitir que o risco existe. Estamos no processo de criação de cultura, como aconteceu com o seguro de responsabilidade do executivo. Ninguém comprava Directors & Office (D&O). Hoje dificilmente uma companhia de médio e grande porte fica sem", diz Mauro Leite, diretor da corretora Marsh.

"Acreditamos no potencial do produto e que a demanda deva crescer bastante assim que o Brasil aprovar a legislação específica para crimes cibernéticos, provavelmente ainda nesse ano", afirma Renato Perosa, gerente de produtos financeiros da corretora Aon Risk Service

Leite conta que já ofertou o seguro para riscos cibernéticos a várias empresas, mas até agora não fechou negócio. Perosa fez a cotação do produto para algumas empresas, mas até agora apenas uma apólice foi fechada, protegendo uso e custódia de conteúdo de mídia de terceiros. Já a única seguradora a oferta o produto contabiliza três contratos fechados.

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