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Aumento da busca por fundos beneficia Mapfre

Fonte DCI
A mudança de patamar da taxa básica de juros (Selic) para um dígito, atualmente em 7,25% ao ano, e as constantes oscilações da bolsa de valores de São Paulo nos últimos meses têm favorecido o setor de fundos de investimentos Multimercados, que consiste em aplicações diversificadas em ações, renda fixa, câmbio, etc. A tendência pôde ser confirmada nos números do último ano da Mapfre Investimentos, que somou R$ 10 bilhões de ativos sob gestão contra cerca de R$ 6 bilhões em 2011.

Do total, R$ 2,5 bilhões correspondem a recursos do grupo segurador Banco do Brasil & Mapfre; o restante, que varia entre R$ 7 a 8 bilhões, equivale a recursos de terceiros.

Dados do ranking da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) -que considera somente a gestão de recursos de terceiros- mostram que, até janeiro deste ano, a gestora da Mapfre possuía patrimônio líquido de R$ 7,691 bilhões. O maior volume, de R$ 3,067 bilhões, estava concentrado em fundos multimercados. Na sequência aparecem os produtos renda fixa, a R$ 2,885 bilhões, e previdência, a R$ 1,587 bilhão. Os fundos Referenciados DI, com rentabilidade na taxa do Certificado de Depósito Interbancário (CDI), e de Ações, somaram R$ 99,7 milhões e R$ 34,2 milhões, respectivamente.
Elíseo Viciana, vice-presidente da Mapfre Investimentos, revela que a companhia opera com diversos produtos, mas a opção pelo produto multimercado veio com a fundação, em 2003, com executivos do segmento, como o próprio Viciana. "Os fundos multimercados propiciam mais sofisticação e estratégias, como operações no exterior."

O vice-presidente diz que com a Selic no patamar de um dígito, atingido em agosto de 2011, e com o desempenho "ruim" da Bolsa em 2012, o segmento desempenhou muito bem no último ano. "Os clientes buscam fundos diferenciados com mais risco. Já observamos migração do DI."

Viciana revela ainda que da carteira de clientes própria também é observada uma saída de investidores de Renda Fixa para o Multimercado, em torno de 15%. "A mudança começou mais forte no ano passado. Em 2011 era um volume de R$ 5 a R$ 6 bilhões e beneficiou sim o segmento que a gente opera."

De acordo com dados da Anbima, até janeiro de 2013, no acumulado de 12 meses, a captação líquida geral do segmento Multimercado foi de R$ 14,049 bilhões: R$ 386,891 bilhões em aplicações e R$ 372,841 bilhões em resgates.

A maior captação, contudo, ficou com previdência: R$ 36,6 bilhões, sendo R$ 97,4 bilhões de aplicações e R$ 60,7 bilhões em resgates.

Carlos Eduardo Eichhorn, superintendente de riscos e compliance da Mapfre Investimentos, explica que a carteira é dividida no fundo conservador, arrojado, agressivo e hiperagressivo. "Cada fundo tem o risco de acordo com o objetivo de volatilidade do cliente."

O multimercado hiperagressivo é uma das apostas da companhia para 2013 diante do novo cenário de maior necessidade da busca por riscos, alertaram os executivos. "A expectativa está na captação de R$ 100 milhões neste ano", revela Eichhorn.

Voltado para investidores especializados -pessoa física, jurídica e institucional-, o aporte inicial do produto é de R$ 50 mil com aplicações adicionais de R$ 5 mil. "Devido às características do produto, poderemos alocar os ativos favoráveis à carteira de acordo com o cenário macroeconômico", explica Elíseo Viciana.

Outro produto lançado nesse ano é o fundo de crédito, com investimentos em Certificados de Depósito Interbancário (CDBs), e debêntures, entre outras dívidas privadas. Nesse caso, a expectativa gira em torno de uma captação de R$ 300 milhões neste ano.

A Mapfre Serviços Financeiros é o braço do grupo espanhol no Brasil depois da separação da área de seguros de risco, que originou em 2011 o grupo segurador Banco do Brasil & Mapfre. A área de serviços financeiros possui agora os segmentos de investimentos, previdência complementar aberta, vida resgatável, capitalização, operações em saúde e consórcios.

Sobre as perspectivas da área de investimentos para 2013, o vice-presidente Elíseo Viciana afirma que é esperado um crescimento de 20% e que a companhia está de olho em fusões e aquisições. "Haverá um processo de consolidação com a maior competição e novos entrantes. Acredito que serão fusões e aquisições, o que serve para fortalecer o mercado", conclui Viciana.

A companhia possui 6,5 mil clientes, sendo 55% empresas, 35% investidores pessoa física e o restante, 10%, institucionais. Já no volume de recursos, o ramo de pessoa jurídica possui maior representação - de cerca de 70% -, com destaque para pequenas e médias companhias.

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