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Em busca de mais consumidores

Fonte; Jornal do Commercio - RJ

Para Fenseg, expansão do faturamento de prêmios é menos importante que a ampliação da base de consumo, através, por exemplo, da criação de produtos de apelo popular na área automotiva e residencial

Ampliar o número de brasileiros que contratam seguros é mais estratégico para o crescimento sustentável do mercado do que o contínuo salto do faturamento de prêmios, ainda que os dois fatores estejam interligados. O entendimento é do presidente da Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg), Paulo Marraccini, para quem a incorporação de novos segurados, entre outros méritos, gera mais equilíbrio operacional às carteiras, dada a maior pulverização dos riscos provocada pelo aumento da massa segurada.

Daí porque ele é defensor de primeira hora de ações que, como o seguro popular de automóvel, podem incorporar mais consumidores ao sistema de seguros e, ao mesmo tempo, combater a concorrência desleal das chamadas cooperativas ou associação de proteção automotiva. Tais entidades são pelo menos 300, identificadas na venda ilegal pela Superintendência de Seguros Privados (Susep).“O mercado hoje sofre concorrência desleal das companhias ditas de proteção automotiva, que sequer têm reservas ou solvência. Então, temos de desenvolver produtos, e a Susep já está favorável a esta iniciativa, para baratear preços e abranger uma parcela maior da população”, comenta o executivo.

Essa ação proativa do mercado, segundo ele, não deve se limitar ao ramo de automóvel, mas ser replicada em outras modalidades em que há enorme potencial de expansão. “Devemos também atuar de forma semelhante na carteira do seguro residencial para ampliar a massa segurada, diluir custos e dar mais previsibilidade aos negócios”, exemplifica, conforme relata em entrevista no site da instituição.

Parceria

Paulo Marraccini também destaca a importância das ações institucionais para melhorar o entendimento do seguro entre parcelas da população que ainda não contratam produtos disponíveis nas prateleiras do mercado, tornando a compra de coberturas um ato mais consciente.

Nesse sentido, lembra que a parceria com os corretores é bem-vinda e necessária no esforço de melhorar a comunicação com os segurados. E acrescenta: “Em ramos elementares, o corretor é o nosso eixo de relacionamento com os consumidores, porque os produtos são muito variados e, relativamente, complexos, o que exige a presença de alguém que assessore o segurado para entender melhor a compra de coberturas. Então, não há dúvidas de que somos favoráveis a essa parceria e estamos dispostos a aperfeiçoála, promovendo o máximo de desburocratização nesse relacionamento”.

Na sua receita de crescimento sustentável, ele inclui ainda a colaboração do mercado com órgãos públicos, como a área de segurança pública, para conter a criminalidade e, em consequência, a sinistralidade de várias carteiras. Na busca de resultados operacionais positivos, ele aponta o crescente uso da tecnologia da informação para simplificar os processos e ampliar o alcance dos canais de distribuição. Em consequência, Marraccini não esconde o entusiasmo com a perspectiva de que, em breve, além do microsseguro, outras modalidades de seguros possam ser adquiridas por meios remotos, como o celular e a internet.

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