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Lloyd's cresce 17% em resseguros no país em 2012

Fonte Valor Econômico

Por Luciana Bruno | Do Rio

A operação brasileira do sindicato de resseguros Lloyd's cresceu 17% em 2012, atingindo US$ 350 milhões em prêmios. Para este ano, a perspectiva é de crescimento nos mesmos patamares, afirmou ao Marco Castro, diretor-presidente do Lloyd's no Brasil.

No mercado brasileiro, o Lloyd's esta registrado como uma resseguradora admitida. Existem três modalidades de resseguradoras no Brasil: local (que constitui sociedade anônima no país, com capital mínimo de R$ 60 milhões e tem reserva de 40% do mercado); admitida (empresa com sede no exterior, mas com escritório de representação no Brasil, com capital mínimo de US$ 5 milhões) e eventual (que precisa apenas de um cadastro na Superintendência de Seguros Privados).

Segundo Castro, o crescimento da operação do grupo britânico no Brasil foi maior que o do mercado de resseguros, que arrecadou R$ 5,7 bilhões em 2012, recuo de 0,8% na comparação com o ano anterior. O executivo explica que o avanço do Lloyd's ocorreu como consequência do maior foco que o sindicato está dando em países emergentes, em detrimento de Estados Unidos e Europa.

"O mercado de seguros no Brasil tem crescido muito, mas as seguradoras têm absorvido mais riscos que no passado, pois aumentaram sua capacidade", disse Castro, ao explicar o recuo do mercado de resseguros no país no ano passado.

De acordo com ele, o aumento da competição com a abertura desse mercado em 2008, até então monopolizado pelo Instituto Brasileiro de Resseguros (IRB), resultou em queda das taxas.

Surgido na Inglaterra no século XVII, o Lloyd's é um local de encontro entre quem precisa contratar cobertura de resseguros (corretores que representam clientes) e os subscritores que os oferecem.

O lucro líquido global do Lloyd's foi de US$ 4,52 bilhões em 2012, frente a um prejuízo de US$ 800 milhões no ano anterior, que ocorreu, segundo o sindicato, devido a catástrofes naturais ocorridas naquele ano. A receita bruta de prêmios emitidos atingiu US$ 40,5 bilhões, crescimento de 9%, parte em consequência do aumento médio de 3% das taxas. O volume de indenizações pagas (sinistros) foi de US$ 16,1 bilhões, abaixo dos US$ 20,6 bilhões de 2011. O Lloyd's informa que os sinistros de 2012 incluíram US$ 2,2 bilhões decorrentes dos danos causados pela tempestade Sandy que atingiu o Caribe e a América do Norte em outubro do ano passado, se tornando um dos maiores sinistros na história de 325 anos do Lloyd's.

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