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Crescimento das PMEs atrai produtos de nicho

Fonte Valor Econômico

Por Adriana Aguilar | Para o Valor, de São Paulo

                        Marco Antonio Gonçalves: "Esperamos um crescimento em torno de 15%"

Cresce a oferta de seguros desenhados para atender a necessidade dos pequenos negócios, com facilidade de contratação e linguagem mais acessível. São os produtos de nicho, mais divulgados nos setores de comércio e serviços e, recentemente, sendo apresentados às indústrias.

Segundo o diretor-gerente da Bradesco Auto/RE Companhia de Seguros, Marco Antônio Gonçalves, no segmento patrimonial, as coberturas contra furtos, roubos e incêndio ainda são as mais contratadas pelos pequenos empresários, mas ainda há cerca de cinco milhões de estabelecimentos no Brasil sem seguro.

Diante desse potencial, a expectativa da Bradesco Seguros é de levar proteção patrimonial para diversas atividades e riscos, como hotéis, empresas de informática, agências de viagens, escritórios de advocacia e consultórios médicos.

O tíquete médio do seguro contratado por PMEs fica em torno de R$ 1,2 mil ao ano na Bradesco Seguros. "Vamos atender as necessidades dos pequenos e médios empresários por meio dos corretores e agências espalhadas no país. Esperamos um crescimento em torno de 15%", afirma Gonçalves.

Com cobertura contra incêndio, raio e explosão, e R$ 100 mil de indenização, o produto Bradesco Seguro Empresarial custa a partir de R$ 350,00 ao ano. As mais de 30 coberturas adicionais permitem que algumas sejam específicas para atividades comerciais, industriais ou de prestação de serviços.

A BB Mapfre também tem aprimorado os produtos com coberturas para nichos específicos de PMEs. Os resultados são significativos. Os prêmios foram de R$ 196 milhões, em 2011, para R$ 235 milhões em 2012, com crescimento de 17%, informa o superintendente, Danilo Silveira. Com tíquete médio de R$ 2 mil, ao contratar a cobertura básica (incêndio, queda de raio e explosão), o segurado tem duas coberturas incluídas no pacote: recomposição de documento e impacto de veículos.

Na Caixa Seguros, 90% dos clientes da carteira de pessoas jurídicas são micro e pequenas empresas. "Tivemos um incremento de 34% em prêmios no segmento de bens patrimoniais em 2012. O comércio se destaca, pagando tíquete médio de R$ 750,00 por ano", afirma o superintendente de pessoa jurídica da seguradora, Marcos Carvalho.

Na Itaú Seguros, o volume de prêmios oriundos das PMEs aumentou 35% sobre 2011. O trabalho tem se empenhado na simplificação da linguagem do contrato e na comunicação feita com o micro empresário. "Nossa estratégia é apresentar os produtos a uma base maior de clientes que se relacionam com o banco", afirma a superintendente de riscos patrimoniais, vida em grupo e acidentes pessoais coletivo da Itaú, Rebecca Costa Posella.

Em 2012, a receita em prêmios na carteira PME da Liberty Seguros subiu 30%. Os destaques nas vendas foram as contratações de coberturas para escritórios, bares e restaurantes e pet shops. A seguradora inovou ao lançar produtos seguros específicos para nove nichos de pequenas indústrias nos setores de vinho, produtos metálicos, laticínios, calçados, acessórios, máquinas, têxtil, alimentícia, peças automotivas e bebidas não alcoolicas. No primeiro trimestre, aproximadamente 200 indústrias já contrataram o seguro. Quando consideradas todas as atividades econômicas do segmento PME, no 1º trimestre de 2013, as vendas totalizaram 1.904 seguros para novos negócios (empresários que não tinham seguros), diz o diretor de seguros corporativos, Luciano Calheiros.

A Tokio Marine Seguradora aumentou a equipe para 48 funcionários, dedicada exclusivamente ao segmento de PMEs em 2012. A participação das pequenas e médias empresas é de 40% nos resultados da diretoria corporate da seguradora. Em 2013, a intenção de crescimento neste nicho é de 15%, afirma o diretor executivo técnico corporate, Felipe Smith.

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