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Cresce procura por proteção contra ataques virtuais

Fonte Valor Econômico

O prejuízo decorrente da invasão de equipamentos eletrônicos para obtenção de dados particulares pode ter a cobertura de um seguro - iniciativa pioneira da AIG Seguros no Brasil. Em outros países da Europa e nos Estados Unidos, seguros para reparar os danos provocados pelos ataques virtuais são comuns. A Zurich Seguros, também no páreo, estuda apresentar seu novo produto para crime cibernético ainda este ano.

Lançado pela AIG Brasil em agosto de 2012, o seguro CyberEdge é voltado aos segmentos dependentes de tecnologia da informação, como e-comércio, bancos, companhias financeiras, operadoras de turismo, seguro de saúde, hospitais, entre outros. "A contratação desse produto cresceu mais rápido do que esperávamos. Aumentou 150% do lançamento até o final de abril", afirma o coordenador de Produtos Financeiros da AIG Brasil, Flávio Sá. O CyberEdge também é comercializado em outros países da América Latina (Chile, Colômbia, México, Porto Rico).

Muitas empresas são responsáveis pelo sigilo dos dados armazenados dos clientes - hospitais, bancos, seguradoras, fundos de investimentos, entre outras. "Quando um hacker viola o sistema para roubar informações, a empresa custodiante dos dados é responsabilizada", explica Flávio Sá.

Segundo o coordenador de Produtos Financeiros da AIG Brasil, a precificação do seguro é feita com base na análise de um questionário respondido pela empresa. "Não é feita vistoria nas companhias para a proposta de preço", diz Sá.

O seguro CyberEdge repara a perda financeira do cliente, cobre os honorários do advogado e custos judiciais durante a defesa da empresa, faz o ressarcimento dos gastos para a recuperação do banco de dados invadido e destruído pelo hacker. O produto ainda apresenta a cobertura de valor para supostas extorsões online, evitando o vazamento de informações. Outra cobertura prevista ajuda as empresas a lidar com ameaças que vão além das questões financeiras, como perda de produtividade durante a invasão, custos legais, perdas de propriedade intelectual e danos à reputação.

Segundo o diretor de Financial Lines da Willis Brasil, Álvaro Igrejas, a corretora mantém, por enquanto, o único seguro para crimes cibernéticos (CyberEdge). "Grandes companhias estão analisando o produto", diz Igrejas.

A Zurich Seguros já comercializa o seguro para crimes cibernéticos em outros países, como Estados Unidos, com o nome de Security and Privacy (S&P). No projeto piloto, estão previstas coberturas para a reparação de prejuízo pela não operação do sistema, quando fica fora do ar devido à invasão virtual, prejuízos de terceiros impedidos de acessar dados do sistema "derrubado" e custos com advogados. "Não sabemos o tamanho do mercado local, mas o projeto piloto tem mostrado que as empresas brasileiras estão preocupadas", afirma o superintendente de Linhas Financeiras da Zurich Seguros, Vinícius Jorge. (AA)

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