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O empreendedor corretor de seguros e o mito do papel higiênico

Fonte Guilherme Armando Contrucci

Vale a pena mudar de lado do balcão, ou seja, passar de uma situação de empregado para empresário? Especialmente no mercado de seguros, deve-se perguntar  quando, como e por quê deixar seu posto numa seguradora (ou corretora) para ir à luta e tornar-se corretor de seguros autônomo?

Na empresa, o empregado tem vários benefícios, salário em dia, goza de certa estabilidade, tem bônus por performance, plano de carreira, e as empresas mais generosas sabem valorizar seu esforço.

Como empresário corretor de seguros, seja ele pessoas física ou jurídica, nada do que mencionei no parágrafo anterior existe – até o papel higiênico (que antes era de graça) deve fazer parte da sua relação de coisas a comprar, ou contabilmente, custos diretos que devem ser provisionados.

Essa metáfora – a do papel higiênico – deve ser levada em consideração caso o profissional esteja em dúvidas sobre a atividade autônoma como corretor de seguros, duvidas como quais são os valores mínimos de comissão para que seu ganho líquido seja equiparado ao seu salário na empresa, tributos e impostos,
contribuições sindicais e outros gastos.

Normalmente, ele leva em consideração apenas o percentual de comissão daquele ramo de seguros, ou seja, uma conta linear e equivocada. No ramo de automóvel, por exemplo, se o corretor trabalhar com 25% de comissão sobre o prêmio bruto do seguro (por exemplo R$ 3.600,00), sua comissão bruta será de R$ 900,00.

Numa produção de 10 automóveis / mês, supondo o mesmo plano de seguros, sua comissão é de R$ 9.000,00, valor muito atrativo se fosse um empregado. Após os descontos sobre a folha de pagamento, benefícios e outros, seu salário líquido poderia girar em torno de R$ 7.600,00. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) esse valor é quase a renda familiar mensal de uma família da classe A. Mas esse valor calculado como exemplo não é salário, trata-se de um faturamento bruto anual, ou seja, ele ainda deve ser dividido por 12 meses para se obter a média mensal, que seria aqui algo perto de R$ 900,00 mensais.

Do ponto de vista comercial, o futuro corretor também acha que vai se dedicar às atividades de vendas e administração de vendas, trabalho semelhante ao que ele realiza na seguradora, e que não terá mais horário, metas e chefe para aturar.

Outro engano grave!

O novo empresário tem que ter vocação para correr riscos, isso é a filosofia básica do empreendedorismo, saber correr riscos planejados, ousar, inovar e ter muita disciplina. A palavra “empreendedorismo” vem de entrepreneur, palavra francesa usada no século XII para designar aquele que incentivava brigas. O grande economista Schumpeter dizia que é o empreendedor que movimenta a sociedade e a inova.

Com tudo isso, é extremamente louvável arriscar sua zona de conforto em busca de novos desafios, são atitudes corajosas e ousadas que tornam um empresa e um empresário de sucesso.

Boa sorte!
GUILHERME ARMANDO CONTRUCCI
www.guilhermecontrucci.com.br


Consulte também:

http://www.administradores.com.br/noticias/administracao-e-negocios/o-que-e-empreendedorismo/42396/

http://hugopimenta.com/negocios/empreendedor-voce-tambem-pode-ser-um/

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