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Austral Re sugere estratégia nacional para ramo agrícola

Fonte: Jornal do COmmercio - RJ

No mercado segurador, o clima ainda não é de euforia com a decisão do governo federal de elevar em 75% a subvenção ao prêmio do seguro rural, de R$ 400 milhões para R$ 700 milhões, anunciado junto com o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2013/2014. O subsídio permite ao agricultor segurar sua produção pagando menos pelo seguro, mas veio abaixo dos R$ 800 milhões esperados, montante que, ainda assim, era considerado insuficiente para o desenvolvimento efetivo do agronegócio e o seguro rural no Brasil.

Dados do Ministério da Agricultura mostram que a área segurada no País em 2012 era de 5,2 milhões de hectares, o que representa cerca de 10% da área plantada. O Brasil amarga uma posição bem inferior a da vizinha Argentina, onde a fatia chega a 50%, e dos Estados Unidos, com 86%.

De qualquer forma, o líder de agronegócios de uma das resseguradas que atua no segmento rural, a Austral Re, Bruno Valentim, avalia que o aumento no aporte do subsídio é mais um passo na direção cor reta. Mas, para ele, ainda é preciso investir em uma estratégia nacional, com política de renda com crédito, seguro e resseguro. “São necessárias políticas de longo prazo para o subsídio do prêmio do seguro rural”, receita.

Pela desconcentração

Além disso, ele acrescenta que os percentuais de subvenção devem considerar os riscos e o impacto das culturas nas regiões. “Com o aumento da subvenção em regiões com maiores riscos seria possível ampliar e diversificar os agricultores atendidos. Hoje o programa atende a um grupo muito especifico”, assinala o especialista.

Outra bandeira levantada pelo setor de seguro rural é o investimento em pesquisas. Os Estados Unidos, por exemplo, possuem um órgão oficial de pesquisa dedicado exclusivamente ao seguro. Segundo Bruno Valentim, é preciso gerar estatísticas e banco de dados que considerem a diversidade nacional.

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