Extinção do Corretor de Seguros

Fonte: Seguro no Blog

Não foram poucas as vezes em que abordaram o assunto do processo de extinção da profissão do corretor de seguros. Os motivos são muitos, todos, logicamente, em cima de achismos ou comparações com outras profissões ou situações de outros países. Antônio Penteado Mendonça, durante palestra promovida pela Associação Paulista dos Técnicos de Seguro (APTS), disse - “Vai acontecer muito mais rápido do que os sindicatos esperam: o absoluto descarte do corretor de seguros pelo avanço da internet, pois a nova geração está pronta para dispensar o trabalho da categoria e logo vai descobrir que fazer seguro direto é mais barato”(Fonte CQCS).

 

Valdomiro Cequenil Belli, professor da Escola Nacional de Seguros em Curitiba, em estudo de comparação entre o cenário brasileiro e o inglês no que se refere às vendas online de seguro realizadas na década passada, alerta para os problemas decorrentes da inserção dos agregadores de preço no setor. De acordo com o levantamento de resseguradora Suíça, mais de 80% do mercado de seguros na Inglaterra era dominado por corretores até 2002. Em 2007, no entanto, a situação já era bem diferente e o canal detinha pouco mais de 50% da distribuição (Fonte CQCS).

 

De modo geral as novas tecnologias estão associadas à interatividade e a quebra com o modelo comunicacional hoje praticado pela maioria dos corretores de seguros, mas não pode e nem deve ser considerado uma ameaça, e sim uma ferramenta de trabalho do corretor de seguros, trazendo crescimento econômico e agilidade em sua comunicação com o segurado.

 

É muito importante que o corretor de seguros tenha uma visão do seu futuro, condizente com a situação real em que vive. A situação real do mercado é de franco crescimento. E quando olhamos para o mercado como um todo, vemos uma relação de permanente investimento, geração de emprego e novos profissionais.

 

Nosso futuro profissional está mais ligado às normativas de nossa profissão, quer reguladas pela Susep, quer nos projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional.  Em muito boa hora, a Susep acena com mudanças significativas, levando-me a crer, pelo pronunciamento do Dr. Luciano Portal Santanna, que conquistaremos nossa autonomia profissional na relação corretor X seguradora, reparando erros históricos como o estorno de comissões, vistoria e proposta improdutiva, entre outros absurdos impostos à nossa profissão, muito embora tenha a intenção de manter a figura do “agente”, anômala à nossa categoria.

 

Acabar ou não nossa profissão vai depender única e exclusivamente da nossa qualificação e da mobilização por nossos interesses profissionais, sem profecias descabidas de pretensos Nostradamus.

 

Joster S. Alves

Corretor de Seguros