Polícia do DF prende seis suspeitos de golpes em seguradoras

Fonte: G1

Grupo comprava carros em leilões e forjava furto para receber o seguro.
Em apenas um dos casos, o lucro dos suspeitos foi de mais de R$ 65 mil.

A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu seis pessoas suspeitas de aplicar golpes em seguradoras de veículos. Eles compravam carros e motos em leilões, contratavam novos seguros, registravam uma falsa ocorrência de roubo ou furto e entravam com o pedido de ressarcimento junto à agência seguradora.

Os suspeitos registravam as ocorrências nas delegacias de Taguatinga (12ª e 21ª DP). Só com o resgate do seguro de um dos veículos, o grupo lucrou mais de R$ 65 mil, segundo a polícia. “Eles arremataram o carro por R$ 89 mil em um leilão, gastaram R$ 10 mil com conserto e iriam receber um seguro de R$ 167 mil”, afirma o delegado-chefe da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Deco), Henry Lopes.

Segundo ele, o grupo agiu recentemente em pelo menos três casos, sempre envolvendo veículos de alto padrão, entre eles uma motocicleta avaliada em R$ 50 mil. A polícia afirma que os suspeitos aplicavam esse golpe há cerca de um ano. Entre os presos estão três empresários, dois filhos de dois deles e um médico de um hospital privado de Brasília.

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“No período de análise dos casos pela seguradora, os delinquentes ainda adulteravam os sinais identificadores dos veículos, ‘esquentando-os’ para venda, ou vendiam sua sucata para terceiros”, diz Lopes.

As investigações apontam que os suspeitos tinham ligação com despachantes de Minas Gerais e de Goiás. Segundo a polícia, o intuito era facilitar a clonagem dos veículos.

A polícia começou a investigar o caso depois que uma seguradora desconfiou do golpe. “O grupo contratou o seguro e em menos de um mês registrou o furto na delegacia. Eles começaram a pressionar a seguradora para liberar logo o dinheiro. A seguradora desconfiou, avisou a polícia e começamos a investigar”, afirma Lopes.

O delegado afirmou que o carro chegou a ser recuperado pela polícia. Além das prisões, a corporação apreendeu uma arma de fogo. A pistola estava em posse do médico detido. Os envolvidos vão responder por três casos de estelionato e formação de quadrilha.