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Homem põe fogo no próprio carro para pegar dinheiro do seguro, mas acaba preso

Fonte: Extra Online

No dia 27 de dezembro de 2012, Carlos Renato de Almeida Machado, de 38 anos, foi até a 32ª DP (Taquara) para dizer que seu carro havia sido roubado algumas horas antes. A agentes da delegacia, afirmou que um bandido armado o havia abordado em seu carro, um Fiat Palio, enquanto dirigia pela Estrada do Guerenguê. Um dia depois, no entanto, Carlos foi preso pelos agentes que escutaram seu relato, sob a acusação de estelionato e falsa comunicação de crime.

— Ele havia botado fogo no carro com um galão de gasolina na Colônia Juliano Moreira e, com o registro de ocorrência, queria a indenização, de R$ 15 mil, da seguradora. Somente após a prisão, ele confessou que estava endividado e precisava do dinheiro — conta o delegado Maurício Mendonça, responsável pela investigação.

Na 32ª DP, casos como este são comuns. Segundo levantamento da própria distrital, de cada seis registros de roubo, um é falso. Por isso, agentes da delegacia foram orientados a investigar os relatos das vítimas e checar a veracidade do crime.

No caso de Carlos, uma conjunção de fatores apontou para a farsa. Logo depois que a delegacia foi comunicada do roubo, agentes ligaram para o 18º BPM (Jacarepaguá) e souberam que, no local, havia uma viatura. Na DP, os PMs afirmaram que nenhuma situação de roubo foi notada no local e que, na Colônia Juliano Moreira, havia um carro, da marca do veículo de Carlos, queimado.

— O veículo tinha rodas de liga leve e aparelho de som. Não parecia roubado. O depoimento de uma senhora, que afirmava ter visto um homem, com as características de Carlos, botando fogo no veículo, sacramentou nossa certeza — afirma Mendonça.

Golpes como o de Carlos estão aumentando no Brasil, nos últimos dois anos. Dados da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais repassados ao EXTRA revelam que, em 2012, R$ 334 milhões foram recuperados por seguradoras após comprovação de golpe.

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