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CE é o terceiro mercado de seguro automotivo do NE

Fonte: Diário do Nordeste

Apenas no mês de julho deste ano, mais de mil veículos foram roubados ou furtados, justificando a procura

Depois de comprar um carro novo, o passo seguinte de boa parte dos consumidores é garantir a proteção do bem. Com uma previsão de que sejam vendidos, neste ano, 61 mil novos carros em Fortaleza, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores no Ceará (Fenabrave-CE), a tendência é que o mercado securitário continue em expansão.

Como boa parte da frota de carros cearense é adquirida via financiamento, a tendência é que a procura por seguros continue em expansão FOTO: LC MOREIRA

O Ceará já é o terceiro maior em seguros de automóveis do Nordeste, com R$ 279 milhões movimentados em prêmios diretos entre janeiro a julho deste ano, ficando atrás apenas da Bahia e de Pernambuco, conforme dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep). Com o resultado, a variação foi de 29,6% em relação a igual período de 2012, a mais alta dentre os estados da região.

Segundo projeção do presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros, Capitalização, Previdência Privada e de Empresas Corretoras de Seguros do Estado do Ceará (Sincor-CE), Manoel Nésio Sousa, cerca de 30% da frota de carros de Fortaleza está segurada.

"A maioria dos carros dos consumidores cearenses são financiados e são comprados para serem pagos em cinco anos, em 60 parcelas. Quando você compra financiado, o próprio banco orienta a você segurar, porque podem roubar ou dar uma batida com perda total e você vai ficar pagando sem ter o bem", explica o presidente.

Além dos financiamentos, o presidente destaca a violência urbana como um dos indicativos para o aumento da procura por este tipo de seguros, já que foram registrados, apenas no mês de julho, mais de mil roubos e furtos a automóveis no Ceará, dos quais 763 foram em Fortaleza - conforme dados da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado.

Frota

O levantamento mais recentes da Susep mostram que Fortaleza tinha 74 mil automóveis cobertos com seguros no primeiro semestre de 2011. "Devemos levar em consideração o tempo de duração das apólices que, em geral, são renovadas anualmente", destacou a assessoria de imprensa da autarquia.
O dado mais antigo da Susep referente à Capital, de 2006, mostra que a cobertura de seguro de carro contemplava 60 mil veículos. "Em quatro anos e meio (de 2006 ao primeiro semestre de 2011), cerca de 14 mil carros entraram neste mercado", diz a nota.

Motocicletas

Apesar de também existir um seguro específico para motocicletas, Manoel Nésio justifica que a procura é menor, já que normalmente o veículo é patrimônio de pessoas com menor poder aquisitivo. Além disso, ele afirma o fato de ser um transporte que oferece alto riscos de acidentes, o valor do prêmio é mais alto.

Orientação

Antes de contratar um seguro, a Susep ressalta que o consumidor deve se certificar se a empresa consultada está oferecendo um produto legalizado.

Também é recomendado que o consumidor consulte um corretor de seguros, que pode avaliar qual o produto é mais adequado ao perfil do cliente.

"Muitas cooperativas e associações ofertam o que eles chamam de ´proteção veicular´, produto similar ao seguro mas sem qualquer lastro de legalidade. Esses entidade atuam à margem da lei, não contam com qualquer fiscalização e acabam prejudicando os consumidores que caem neste tipo de golpe", alerta a superintendência. (GR)

Como economizar na contratação

Antes de contratar um seguro para o automóvel, o consumidor pode desviar de algumas despesas. "Uma dica é fazer a cotação do seguro antes de comprar um veículo, para saber qual é o investimento que deverá ser feito para proteger o patrimônio", afirma o diretor executivo da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), Neival Freitas.

Outro ponto importante destacado por ele é a intermediação do corretor de seguros. "Ele é o profissional qualificado para detectar as necessidades dos consumidores e apresentar diversas coberturas e preços adequados para cada bolso", diz.

Já o professor da Escola Nacional de Seguros, José Varanda, destaca que o consumidor deve sempre ler o teor das cláusulas das propostas apresentadas. Isso porque pode haver diferença em alguns itens, principalmente, franquia, riscos cobertos e excluídos.

"Uma criteriosa leitura do teor da proposta enviada pelo corretor é fundamental para saber se o que está sendo contratado é, efetivamente, a cobertura que se deseja ter", afirma.

Perfil

Segundo o professor, as seguradoras têm suas políticas de aceitação ou subscrição de riscos atreladas à análise estatística dos resultados em cada ramo. Por isso, são muitos os critérios levados em consideração na hora de definir o valor final.

Dentre eles, está a idade do segurado - ficando mais caro para jovens entre 18 e 25 anos de idade -, estado civil e gênero - já que as mulheres são consideradas mais cautelosas. Além disso, o valor também pode variar com o endereço do consumidor, tendo em vista o grau de risco de roubos ou furtos e os trechos normalmente percorridos por ele.

"De um modo geral, em termos macro, as seguradoras vêm mantendo suas políticas de aceitação de riscos no ramo de automóveis sem grandes variações, mas com a exigência da adoção de medidas que visam minimizar os riscos ou permitir uma redução das perdas", afirma.

A utilização de equipamentos de rastreamento ou de bloqueio de veículos e a utilização de escolta, no caso de veículos de transporte de cargas, surgem como formas para diminuir o risco de sinistro. (GR)

Mais informações

Para verificar se o corretor e a empresa estão legalizados, basta acessar o site www.susep.gov.br ou pelo Disk Susep no 0800-0218484
 
 

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