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Life Brasil quer liderar venda de seguros de vida no País

Fonte: Jornal do Comércio - RS

Patrícia Comunello

O mercado de seguros de vida não chega a 10% da receita de todo o setor nacional. Tudo porque o brasileiro gasta mais em proteção do carro e menos em cobertura de morte ou outras opções, como invalidez, doença grave ou acidente. De olho no potencial de venda, três operações se uniram para formar o grupo Life Brasil, com sede em Porto Alegre, que anunciou, nesta quinta-feira, a meta de liderar o mercado de corretagem independente na área em sete anos no País.

A Life Brasil se insere no segmento que responde por 1% da totalidade da rede de comercialização de produtos lançados por grandes seguradoras nacionais e estrangeiras. O desafio do grupo será popularizar o investimento das famílias nesta proteção. Para executivos da empresa, maior fatia de classe média e longevidade aportam condições para incrementar o setor.   

O grupo recém-lançado, que reuniu Life Consultoria, Mitraseg e Life Solution Corretora de Seguros, foca o segmento de apólices para pessoas, que costuma representar a menor fatia no volume de vendas de bancos e mesmo grupos de varejo, que entraram com força no chamado microsseguro. No País, o mercado de seguro de vida somou R$ 7,7 bilhões em 2011 e passou a R$ 10,4 bilhões até maio deste ano, segundo a Superintendência de Seguros Privados (Susep). O diretor do grupo recém-criado, Gilberto Lima, ressaltou que o aumento da expectativa de vida e a alteração na formatação da pirâmide etária do País - com porção cada vez maior de pessoas acima de 50 anos (alvo de produtos na área) - oferecem as condições para alavancar o negócio. “Em 2015, quase 30% dos gaúchos terá entre 50 e 79 anos. Esta é a faixa potencial”, sinalizou Lima.

Até 2019, a intenção dos empresários gaúchos donos do grupo é sair de uma receita de R$ 135 milhões, prevista para 2013, para R$ 300 milhões. A receita em 2017 é projetada em R$ 240 milhões. A estratégia de crescimento se alicerça em serviço qualificado de call center e pontos físicos de venda em capitais do Sul, Rio de Janeiro, Brasília e Recife (onde a operação chegará até o fim do ano). Nas demais cidades e seus estados, a Life Brasil soma equipe própria de vendas e serviços de telemarketing que atingem mais de mil municípios. Segundo o presidente do grupo, José Alberto Souza Júnior, o plano também deve contar com associações ou aquisições de empresas de corretores que têm perfil e cultura semelhantes ao da Life Brasil.

”O critério para fazer parte do grupo será incorporar a nossa cultura, o nosso coração de negócio. Viemos para ser o número um”, reforçou Souza, citando que está em negociação com nove operadores no setor. Para este ano, não deve haver nova associação. Um dos trunfos da Life é preparar a equipe de vendas, que recebeu investimento de R$ 5 milhões em dois anos somente em treinamento. A injeção em qualificação se manterá, mas em nível menor. Segundo o presidente do grupo, a eficiência na efetivação chega a 70% das pessoas que recebem oferta de produtos, que podem variar de menos de R$ 10,00 a R$ 200,00 ao mês, tudo depende de renda e foco do cliente. A Life também aposta em redução de perdas (de 1,5% a 1,2%), que traduz inadimplência, morte e cancelamento. Um setor que garante mais de 50% do mercado em alguns produtos é o serviço público.

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