Breaking News

Vendas de seguradoras sobem, apesar da crise

Fonte Jornal do Commercio - RJ

Mesmo com a economia patinando, seguradoras mantêm ritmo de crescimento próximo a 20%, elevando
o faturamento para R$ 141,3 bi em 12 meses. VGBL e as carteiras de veículos e pessoas são destaques

O mercado de seguros brasileiro  fechou o segundo trimestre do ano exibindo faturamento de R$ 37,540 bilhões, expansão de 15,4% sobre abril a junho de 2012. Sobre o trimestre anterior, a alta foi de 4,5%, segundo dados recém-divulgados pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), que não incluem o ramo saúde. Em 12 meses, fechados em junho, a atividade de seguros registrou crescimento de 21,5%, com receita de R$ 141,372 bilhões. No período, os sinistros pagos evoluíram 11,2%, para R$ 30,109 bilhões.

Já no fechamento do primeiro semestre do ano, as seguradoras captaram prêmios da ordem de R$ 73,459 bilhões, 19,5% a mais do que a primeira metade do ano passado. As indenizações pagas subiram 12,1% e foram a R$ 15,837 bilhões, desempenho que manteve em declínio o índice de sinistralidade (calculado sobre
prêmio ganho), que caiu de 48% para 45%.

Na produção de seguros, as seguradoras desembolsaram com o pagamento de comissões e agenciamentos, entre outros custos de aquisição, R$ 7,955 bilhões no primeiro semestre, aumento de 12,9% ante idêntico período de 2012. As despesas com tributos, por sua vez, chegaram a R$ 1,239 bilhão (13,7%), enquanto na máquina administrativa as seguradoras injetaram R$ 5,236 bilhões, alta de apenas 8,7% para mantê-la em funcionamento.

Com as despesas e a sinistralidade contidas, o resultado  operacional deu salto de 219% no semestre, ao atingir R$ 9,306 bilhões. O ganho financeiro de R$ 2,908 bilhões, contudo, sofreu um revés, diminuindo 24,5% em virtude da queda dos juros. Sem um ganho mais consistente nos investimentos, o lucro líquido do mercado, de R$ 6,454 bilhões, não avançou, ao contrário, encolheu 2,4% frente aos seis meses iniciais do ano passado

Carteiras

Nas vendas, um dos destaques  no semestre, mais uma vez, foi o VGBL, que captou R$ 33,638 bilhões, 45,8% do total da receita do mercado. O produto evoluiu 19,7%. Crescimento ligeiramente acima foi verificado no segmento de pessoas, mais 20,6%, para R$ 12,767 bilhões. O seguro de vida, o mais expressivo desse segmento, com receita de R$ 5,534 bilhões, cresceu  18,8%, e o prestamista,  33,1%, com R$ 3,499 bilhões. Os seguros de viagem e de auxílio funeral mantiveram sua escalada de alta robusta: 70% e 59,6%, respectivamente.

Adicionado à cobertura de responsabilidade civil facultativa e de assistência, o seguro de automóvel, outra importante carteira do mercado, cresceu significativamente 22,3%, impulsionando o faturamento para R$ 13,612 bilhões. No seguro obrigatório de veículos automotores (Dpvat) a alta foi de 13,9%, para R$ 2,432 bilhões.

Os dados da Susep mostram ainda que as vendas no segmento patrimonial avançaram mais lentamente no semestre: 13,6%, ao atingir receita de R$ 5,393 bilhões. No seguro residencial, a expansão foi de 22,1%, aos R$ 979,8 milhões, e na garantia estendida, de 16,9%, aos R$ 1,381 bilhão. Os pacotes empresariais, por sua vez, subiram 19,1%, enquanto o seguro de riscos operacionais aumentou pequenos 4,9%.

Já o segmento de transportes de mercadorias foi o que mais refletiu o fraco momento da economia nacional, evoluindo não mais que 2,6%, para R$ 1,249 bilhão. O seguro de importação e exportação, por exemplo, declinou 12,8% e o de responsabilidade civil do transportador, 2,6%. No segmento de garantia contratual, por sua vez, a receita de R$ 497 milhões avançou 37,4%, puxada pelos produtos do setor público, que cresceram 40,9%.

Nenhum comentário

Escreva aqui seu comentario