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Braço de seguros do BTG Pactual vai atuar na AL

Fonte: Valor Econômico

Por Thais Folego | De São Paulo
 
Com equipe montada e estrutura de capital reforçada, o braço de seguros do BTG Pactual formado por uma seguradora e uma resseguradora está pronto para disputar negócios no mercado dentro e fora do país. "Vamos entrar com bastante apetite", diz André Gregori, sócio e chefe do braço de seguros do banco.

As duas empresas receberam autorização do órgão regulador do mercado de seguros para começar a operar entre o fim do ano passado e começo deste. "Começamos a operação de fato em abril e estamos indo a mercado mesmo, a buscar negócios, depois que fizemos acordos com corretores", diz Gregori. Segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), a seguradora obteve R$ 54 milhões em prêmios de seguros de janeiro a julho, último dado disponível.

A área de seguros do BTG já começa a operar no país com planos de internacionalização, a exemplo do banco, que comprou instituições em países da América do Sul. "Vamos começar a olhar países na América Latina onde empresas brasileiras têm negócios", diz o executivo. O plano é oferecer cobertura para as operações das multinacionais brasileiras, por meio da resseguradora, primeiramente no Chile, Colômbia e Peru.

Alguns acordos bilaterais que o governo brasileiro tem com países vizinhos facilitam o ambiente de negócios. Em alguns deles, uma resseguradora que tem licença de operação no Brasil pode fazer seguro para projetos locais, caso da Argentina. Em outros casos, é necessário uma licença local simples.

Num segundo momento, o plano é expandir para outros países do mundo oferecendo cobertura para empresas locais, não só para brasileiras. "A ideia é fazer o inverso do que vemos hoje no mercado, em que companhias estrangeiras fazem negócios aqui e mandam para fora. Nós queremos trazer negócios do mundo para serem subscritos no Brasil", diz Gregori.

A área de seguros do BTG tem foco em projetos de infraestrutura com quatro pilares: garantias (financeiras e tradicionais), crédito, riscos de engenharia e petróleo.

Segundo Gregori, a oferta de cobertura para infraestrutura tem grande sinergia com outras áreas do banco, como a de "private equity", banco de investimento e "project finance". "São áreas de capitação para a gente", afirma o executivo.

Outro potencial canal de distribuição é o Banco Pan (antigo PanAmericano), instituição em que o BTG Pactual é sócio da Caixa Econômica Federal. O Pan tem uma seguradora, mas voltada para seguros de varejo. "Podemos fazer parceria para oferecer seguros para as empresas clientes do banco", diz Gregori.

Segundo o executivo, o grupo BTG tem capacidade financeira robusta e pode fazer aportes de capital na seguradora e na resseguradora para suportar o crescimento dos negócios. No mês passado, foi aportado R$ 250 milhões na resseguradora, que já tinha capital de R$ 100 milhões. A seguradora tem R$ 50 milhões em capital. "A estrutura de capital do grupo é robusta e já temos um planejamento de novos aportes de capital", disse Gregori sem revelar valores.
 

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