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Generali dobra de tamanho no Brasil

Fonte: Brasil Econômico

Para seguradora, país tem um dos melhores mercados entre emergentes; aposta é em inovação e expansão para o interior

A seguradora italiana Generali está em busca de carteiras no setor de saúde para comprar. A informação foi dada pelo presidente da empresa, José Ribeiro, em entrevista exclusiva ao Brasil Econômico. Segundo ele, a estratégia deve-se ao peso do setor de saúde na indútria brasileira de seguros individuais - 38%do total. Com a estruturação do produto de saúde, a empresa poderá oferecer, no Brasil, o pacote de benefícios a empregados com que trabalha em todo o mundo (Generali Pool).

"Não vamos entrar na saúde individual. Nosso clientes são as multinacionais que já atendemos no exterior. Por isso, não é qualquer carteira que nos interessa. Precisamos de uma que cumpra as exigência desse mercado, que são bastante elevadas", resume.

O executivo, que há menos de um ano era o responsável na seguradora inglesa Lloyds pelos mercados internacionais, está otimista com o Brasil. "Dos Brics, o Brasil tem a economia mais aberta e mais desenvolvida do ponto de vista securitário. É o mercado mais amigável, embora seja também o de maior concorrência. Todas as grandes seguradoras do mundo estão aqui", afirma.

Apesar da concorrência, ele diz que dobrará o tamanho da seguradora no Brasil em 2013. "Buscamos uma estratégia de fazer coisas diferentes e nao de bater de frente com mercado. Estamos criando soluções para associaçoes piratas de seguro, indústrias que não tinham cobertura, como as de colchões, e entrando em novos segmentos e regiões", explica.

Mesmo otimista, Ribeiro avalia que os grandes projetos de infraestrutura, estão andando mais devagar do que o previsto. Com seguros de garantia, seguros perfomance etc., tais projetos têm potencial para iniciar uma segunda onda de crescimento no setor. Enquanto isso não ocorre, aposta na interiorização, na inovação de produtos e na expansão para as classes mais baixas.

A estratégia de expansão e interiorização é baseada em escritórios terceirizados, chamados Generali apoio ao corretor (Gnacs). Ao invés de abrir unidades próprias, a seguradora busca empresários locais para comandar a operação. Já são 17 Gnacs e 14 unidades próprias. Em 2014, os terceirizados devem responder por 20% da receita da companhia.

"O setor financeiro se interioriza porque é preciso estar perto do cliente. Isso dá confiança. Além de mais flexível, o Gnac, sob o comando do empresário local, consegue atrair essa confiança", explica, acrescentando que as regiões Norte e Nordeste são o maior foca de expansão. "O Nordeste cresce a taxas chinesas".

Já na estratégia de novos produtos, além das soluções de microsseguros e para áreas que agora, com a quebra do monopólio de resseguros, podem ser cobertas, Ribeiro aposta também na inovação tecnológica. Como exemplo, cita o produto "Pay how you drive" (pague como dirige). Trata-se de um sistema que, a partir da instalação de um chip no automóvel permite estabelecer padrões na condução dos motoristas. Aqueles que cometem menos erros, pagam menos.

"Estamos trabalhando na tropicalização do modelo, considerando não apenas a qualidade das vias, o tráfego, mas também algumas características, como o fato de muitos motoristas não pararem no sinal durante as madrugadas", explica, acrescentando que o sistema é capaz de reconhecer quem dirige o carro.

 
 

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