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Mongeral avança na gestão de recursos

Fonte: Valor Econômico

Por Thais Folego | De São Paulo

 
                 Molina, da Mongeral: planos ambiciosos para nova área em parceria com a Aegon.

A quase bicentenária seguradora Mongeral lança esta semana o serviço de gestão de recursos de terceiros para investidores institucionais com a parceira holandesa Aegon. O plano para a Mongeral Aegon Investimentos é estar entre as 50 maiores gestoras do país nos próximos cinco anos, com R$ 4 bilhões sob gestão. Em 10 anos, o objetivo é estar entre as 30 maiores, com R$ 10 bilhões em recursos. A gestora possui, atualmente, R$ 500 milhões sob gestão provenientes da seguradora e de fundos instituídos (planos de previdência de entidades de classe, como a OAB) que já administra.

A companhia recebeu autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para gerir recursos de terceiros no ano passado e, de lá para cá, conseguiu as outras aprovações necessárias e estruturou fundos de investimento, diz Helder Molina, presidente do grupo.

A Mongeral Aegon Investimentos vai oferecer fundos locais e no exterior. No Brasil, serão cinco portfólios, sendo três de renda fixa, um multimercado e um de ações. Três deles têm um histórico mais longo, pois já abrigavam os recursos próprios, e outros dois foram criados no começo deste ano. A gestora também vai oferecer um fundo local que vai investir em um fundo de ações no exterior, que a Aegon estruturou em Luxemburgo, e que tem o índice MSCI Global como benchmark.

"Os fundos de pensão demandam, de início [no investimento no exterior], esse tipo de produto como estratégia de diversificação e busca por retorno", diz Claudio Pires, diretor superintendente da Mongeral Aegon Investimentos. Ele lembra que enquanto o índice americano S&P sobe quase 20% no ano, o Ibovespa perde mais de 10%.

Além da oferta de produtos para, o grupo também vai passar a oferecer soluções para o lado do passivo dos planos de previdência. Há seis meses, a Mongeral comprou 50% da empresa Data A, consultoria que presta serviços previdenciários e de assistência. "Dessa forma, temos um desenho completo de gestão para fundos de pensão, multipatrocinados e instituídos", diz Molina. Segundo ele, o grupo vai disponibilizar ferramentas de contenção de perdas ("stop loss") para carteiras de previdência, também com a experiência trazida pela Aegon da Europa.

"Podemos minimizar o risco de longevidade com soluções de resseguro, por exemplo", diz Molina. "Há vários tipos de desenho que podemos fazer para trazer mais segurança para um mercado em que o nível de incerteza cresce muito com a queda da taxa de juros e o aumento da longevidade das pessoas."

Com as novas atividades, a companhia expande sua atuação nas áreas de vida e previdência e passa a se chamar Grupo Mongeral Aegon. Os quatro pilares de atuação passam a ser: seguros, gestão de ativo, gestão de passivo e prestação de serviços para fundos de previdência instituídos.
 
 

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