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Saúde Suplementar: Expansão é maior fora do eixo Rio-São Paulo

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

Taxas de cobertura dos planos nas regiões Norte e Nordeste mais do que dobram em uma década , chegando a 15,6% e 18,7% da população, respectivamente

Os investimentos realizados pelos governos e a iniciativa privada nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste estão se refletindo favoravelmente no desempenho de seguradoras especializadas em saúde e operadoras de medicina de grupo. O reflexo é também positivo nos grupos que direcionam o foco de atuação para as pequenas e médias empresas (PMEs), segmento que vem crescendo acima da média do mercado, em número de beneficiários.

Na Bradesco Saúde, por exemplo, a evolução obtida na primeira metade do ano foi expressiva. “O aumento da renda média da população e os investimentos públicos e privados ajudam o nosso negócio. No primeiro semestre, a carteira de segurados da companhia cresceu 10,1% em todo o País. O crescimento chegou a 20,3% no Nordeste e a 15,5% no Centro- Oeste”, revela o presidente da seguradora, Márcio Coriolano.

Ele acrescenta que esse cenário é mais favorável no segmento de pequenas médias empresas, no qual a carteira da Bradesco Saúde deu salto de 30,4% no caso dos clientes que têm de três a 99 vidas cobertas.

Avanços

Levantamento feito pela Federação Nacional de Saúde Suplementar (Fenasaúde) revela que a Região Norte se destaca com expansão significativa na primeira década do Século XXI. O crescimento acumulado entre 2000 e 2012 na taxa de cobertura (percentual entre o número de beneficiários e a população) foi de nada mais nada menos 200%, situando-se bem acima da média do mercado, que ficou em 74,1%. A taxa saiu de 5,2% da população em 2000 para alojar-se 15,6% em 2012. Ainda assim a região continua sendo a menor em número de beneficiários de planos médicos e odontológicos, fechando em dezembro de 2012 com 2,553 milhões de pessoas, equivalente a apenas 3,8% do mercado nacional.

Evolução expressiva no período foi observada também no Nordeste. Neste caso, a taxa de cobertura pulou de 8% para 18,7% da população, alta de 133,7% de 2000 para 2012. Na região, estavam 10,047 milhões de usuários no sistema de saúde suplementar do País. Segundo a Fenasaúde, o Nordeste se posicionou em 2012 como a segunda região do País em número de beneficiários.

No Centro-Oeste, a taxa de cobertura pulou de 12,7% para 27,8% da população, aumento de 118,9%, com o número de beneficiários atingindo 4,021 milhões em 13 anos. O número de habitantes na Região Sul com acesso a planos médicos e odontológicos quase duplicou no período, com expansão de 94,1%, com a taxa de cobertura saindo de 15,3% para 29,7% da população, com 8,238 milhões de adesões ao sistema de saúde privado.

Em declíneo

O Sudeste concentrou a maior quantidade de beneficiários dos planos médicos e odontológicos do País, 62,6%. Mas, comparado com as demais regiões, verifica-se uma redução gradual nesta participação no decorrer dos últimos anos. Sua taxa de cobertura de 2000 para 2012 cresceu 55,8%, bem abaixo inclusive da média do mercado brasileiro.

Para a Fenasaúde, o desenvolvimento econômico e o aumento do nível de renda das famílias no período impulsionaram o crescimento do número de vínculos na saúde suplementar. Em seu último Boletim da Saúde Suplementar, a entidade observa que o Produto Interno Bruto (PIB) per capita aumentou 284% no Centro-Oeste, 228,1% no Norte, 218,9% no Nordeste e 197% no Sul. Além disso, as taxas de desemprego nessas regiões seguiram trajetória declinante.

As operadoras associadas à Fenasaúde chegaram a dezembro de 2012 cobrindo 13,8 milhões de beneficiários de planos de assistência médico-hospitalar e 10,5 milhões na área odontológica, totalizando 24,3 milhões de usuários. Em todo o sistema de saúde suplementar do País estão 66,5 milhões de brasileiros.

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