Breaking News

Sites de comparação preocupam seguradores e corretores

Fonte: CNseg

Como na Espanha, margens poderão ser muito afetadas e haverá queda na qualidade dos serviços

Os sites de comparação de preços de seguros representam uma ameaça potencial para as margens de ganhos de corretores e das seguradoras e podem levar o setor, a exemplo do que ocorreu na Espanha ou, mais recentemente, no México, a conviver com perda de qualidade dos serviços. “Isso destrói a margem dos corretores, das seguradoras e vai provocar perda da qualidade dos serviços à proporção que avance", destacou Jayme Garfinkel, presidente do Conselho de Administração da Porto Seguro e vice da CNseg,

Chairman da América Latina e CEO Regional da Zurich Seguros, o executivo Antonio Cássio dos Santos concorda com Jayme Garfinkel, ao considerar um risco brutal a evolução dos sites de comparação de preços. Na primeira etapa, ocorre a canibalização dos preços; na sequência a piora na qualidade dos serviços, afirma ele.

Antonio Cássio defende uma reflexão holística do tema para o mercado enfrentar o problema. A seu ver, as grandes seguradoras podem dar uma grande contribuição efetiva, não alterando os valores dos prêmios em virtude da evolução dos sites de comparação de preços.

O risco potencial oferecido pelos sites de comparação foi um dos assuntos discutidos no talk show do 18º Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros, realizado na semana passada, no Rio de Janeiro, pela Fenacor.

O presidente da CNseg, Marco Antonio Rossi, participou dos debates e deu a entender que o mercado terá de conviver com essa nova realidade, porque é inevitável que parte dos consumidores recorra a este expediente. “Os vencedores serão aqueles que se adaptarem melhor a este mundo novo e traduzam melhor os anseios desse consumidor da era digital”, assinalou.

Há esperanças. Presidente do Conselho de Administração do grupo SulAmérica, Patrick Larraigoiti lembra um recente estudo da IBM para afirmar haver limites para o crescimento dos sites de preços comparados. Segundo a pesquisa mundial, embora haja consultas online, 75% dos consultados preferem ter alguém à disposição (corretor) para tirar dúvidas sobre os produtos. “O preço é uma referência importante, mas continuo achando que o relacionamento humano continuará a ser, sim, ainda mais relevante”, concluiu.

Nenhum comentário

Escreva aqui seu comentario