Breaking News

VGBL: Vendas caem 3,6% em agosto

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

Como em junho e julho, captação do VGBL amarga nova queda, agora de 26%, e causa impacto negativo no desempenho do mercado, que capta R$ 10,598 bilhões, menos R$ 400,4 milhões que um ano antes

Em retração desde junho, se confrontado a igual período de 2012, o VGBL voltou a influir negativamente no comportamento do mercado de seguros em agosto, segundo os últimos dados divulgados pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), que não incluem o ramo saúde. O tombo foi, inclusive, maior, de 3,6%, com faturamento de R$ 10,598 bilhões, contra R$ 10,998 bilhões de um ano antes (pelo conceito de prêmio direto). Mas se excluído das contas o VGBL, agosto aponta o setor com crescimento de 13,5%, aos R$ 7,065 bilhões. No acumulado em oito meses, as seguradoras continuam a exibir expansão positiva, e de dois dígitos (14%, com VGBL, ou de 18,5%, sem VGBL).

O corte da taxa de juro da economia (Selic), com impacto na rentabilidade dos fundos, e o alongamento dos prazos dos ativos que as seguradoras foram obrigadas a realizar a partir de maio são apontados como causas do recuo do VGBL, como de outros produtos de previdência complementar aberta. Os números da Susep apontam o VGBL em queda livre ainda em agosto. A captação de- cresceu 26%, de R$ 4,772 bilhões para R$ 3,532 bilhões, menos R$ 1,240 bilhão em agosto último, frente a agosto do ano passado. Sobre julho, contudo, o produto avançou 20,9%.

Evoluções

A Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi) mostra que o segmento de seguros de pessoas, ao contrário da previdência complementar aberta, avançou bem mais em agosto.  A alta foi de 13%, sobre agosto de 2012, com prêmios de R$ 2,088 bilhões. O seguro de vida seguiu como a modalidade desse segmento com maior captação de prêmios emitidos. A carteira movimentou R$ 858,2 milhões, alta de 8,8% sobre agosto do exercício anterior.

"O desempenho deste seguro está diretamente relacionado ao crescimento da renda do brasileiro e à importância do produto para manutenção do padrão de vida dos dependentes na ausência do provedor", comenta o presidente da Fenaprevi, Osvaldo do Nascimento.

De acordo com a entidade, o seguro de proteção financeira (prestamista), que garante o pagamento de parcelas de qualquer tipo de financiamento ou crediário em caso de morte ou invalidez, registrou expansão de 23,9%, com receita de R$ 574,5 milhões. "O prestamista está relacionado diretamente ao aumento do consumo e do cré- dito no varejo", aponta Osvaldo Nascimento.

Veículos e patrimônio

Trajetória ascendente em agosto também foi verificada no seguro de automóvel, com coberturas de casco, responsabilidade civil facultativa e assistências. Segundo as estatísticas da Susep, o produto faturou R$ 2,621 bilhões, expansão de 12,3% sobre agosto do ano passado.

Evolução acima da carteira de veículos foi alcançada pelos seguros patrimoniais em agosto, na comparação com igual mês de um ano antes. Os produtos desse segmento cresceram 18,5%, para R$ 1,066 bilhão. O destaque ficou com os riscos operacionais, alta de 38,9%, seguido pelo pacote de coberturas residenciais, alta de 23,5%. O pacote empresarial, por sua vez, aumentou 10,3% e a garantia estendida de bens, 10,5%.

Os seguros de riscos financeiros apresentaram expansão igualmente significativa em agosto, quando cresceram 27,3%, para R$ 103,6 milhões. Nas garantias (contratuais) para o setor público, a expansão foi de 28,8% e de 22%, nas garantais para o setor privado. A carteira de transportes de cargas não teve o mesmo desempenho. Ao contrário, caiu 6,8%.

Nenhum comentário

Escreva aqui seu comentario