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Argo Seguros investe US$ 10 mi no Brasil


Fonte Valor Econômico

Por Thais Folego | De São Paulo

 Mark Watson, da Argo: grupo estuda exportar formas de distribuição que deram certo no Brasil para outros países

O grupo Argo Seguros, que tem sede em Bermudas, vai aportar mais US$ 10 milhões no Brasil para abrir uma resseguradora admitida e para aumentar o capital da seguradora que abriu há quase dois anos no país, com o objetivo de suportar o seu crescimento.

"Nosso investimento original foi há pouco mais de dois anos para abrir uma companhia de seguros. Agora, estamos investindo no nosso segundo negócio no país, uma resseguradora", disse Mark Watson, presidente mundial da Argo, que está em visita ao país esta semana.

No Brasil, existem três tipos de resseguradoras: local, admitida e eventual. A primeira tem que aportar capital mínimo de R$ 60 milhões e montar estrutura no país, mas em contrapartida tem uma reserva de 40% do mercado. As admitidas têm sede no exterior, mas precisam trazer US$ 5 milhões em capital e ter escritório de representação no país. Já para a eventual é necessário apenas um cadastro na Superintendência de Seguros Privados (Susep).

A Argo vai abrir uma resseguradora admitida e já recebeu a licença prévia do órgão regulador. Segundo Watson, a expectativa é receber a autorização final entre o fim deste ano e o começo do próximo. O foco, num primeiro momento, será suportar as operações da seguradora do grupo dando mais capacidade de retenção de riscos e, num segundo momento, fazer negócios com outras seguradoras.

A seguradora do grupo deve fechar este ano com receita de R$ 140 milhões em prêmios de seguros, estima o executivo, o que equivale a um crescimento de 38% em relação ao resultado de 2012, o primeiro ano de operação no país. "O aporte de capital será para suportar o crescimento da operação no próximo ano", afirma.

A companhia é especializada em riscos corporativos de propriedade, transporte e linhas financeiras e tem como foco a cobertura de pequenas e médias empresas. Em outras operações no mundo, o grupo também atua com seguro garantia (que cobre a entrega de obras e serviços conforme o contrato) e de energia, áreas em que está estudando começar a atuar no Brasil no próximo ano.

Na área de riscos financeiros, a companhia inovou ao montar uma plataforma online para os corretores venderem seguro de erros e omissões (E&O, na sigla em inglês) para profissionais liberais, que cobre danos a terceiros na prestação de serviços. Ao contratar o seguro, o cliente recebe uma caixa com um pen-drive com o qual ele pode acessar o sistema e ter todas as informações da cobertura.

"Ajuda a 'materializar' o seguro", diz Pedro Purm, presidente da Argo no Brasil. A fórmula deu tão certo que o grupo estuda "exportá-lo" para as operações de outros países. Watson evitou, porém, dar detalhes, pois a ideia está em fase de "incubação".


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