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BB Seguridade espera entrar no Ibovespa

Fonte Valor Econômico

Por Thais Folego

O Ibovespa pode ter o reforço de uma empresa que vem ganhando bastante valor desde que veio a mercado. Tanto analistas quanto a administração da BB Seguridade esperam que a companhia entre na nova carteira do principal índice da Bovespa. "Nossa expectativa, por conta do que o negócio BB Seguridade tem representado para a Bovespa, é que a partir de 2014 a ação passe a fazer parte do índice", disse Marcelo Labuto, presidente da companhia.

Em relatório divulgado na semana passada, o BTG Pactual estima que a ação da BB Seguridade deve estar entre as cinco que têm chances de entrar no principal índice da bolsa. A Bovespa anunciará a primeira prévia da carteira do Ibovespa válida para o primeiro quadrimestre de 2014 no dia 2 de dezembro. O BTG projeta que a BB Seguridade ON ingresse com peso de 1,5% no índice.

A ação ON da BB Seguridade apresenta ganho de 42,33% desde a abertura de capital da companhia, no dia 26 de abril deste ano, até ontem, alcançando um valor de mercado de R$ 47,320 bilhões. No mesmo período, o Ibovespa tem queda de 3%. Nesta segunda-feira, dia em que a companhia divulgou os resultados do terceiro trimestre, a ação subiu 1,98%, cotada a R$ 23,66.

A liquidez da ação da empresa, fator que tem peso na metodologia do Ibovespa, tende a aumentar com o lançamento de recibos de ações da companhia negociados nos Estados Unidos (ADRs, na sigla em inglês). "Com elas, posso atender a uma série de investidores ao redor do mundo que têm como premissa aplicar em papéis negociados na bolsa americana e que tenham interesse em investir na ação da BB Seguridade pelo seu alto 'payout' [percentual do lucro distribuído aos acionistas] ou pela escassez de negócios de seguros [na bolsa brasileira]", diz Labuto.

A BB Seguridade registrou lucro líquido contábil de R$ 547,8 milhões no terceiro trimestre, um crescimento de 27,2% sobre o lucro ajustado de igual período do ano anterior. Neste trimestre não houve ajustes, segundo a companhia. O resultado veio em linha com o esperado pelo mercado.

O faturamento total das companhias coligadas à BB Seguridade, que inclui prêmios de seguros e arrecadação de previdência aberta e de títulos de capitalização, totalizou R$ 8,7 bilhões no terceiro trimestre, um crescimento de 18,3% em 12 meses.

Em relação ao segundo trimestre, porém, tanto o lucro quanto a receita da companhia mostram um recuo de 0,5% e 24%, respectivamente. Isso é explicado pelo impacto negativo do período de oito dias úteis da greve dos bancários no trimestre e pela sazonalidade das vendas da companhia, concentradas no fim de cada semestre. Labuto explica que a força de vendas do Banco do Brasil tem metas semestrais, o que faz com que os resultados do segundo e do quarto trimestres sejam mais fortes.

O presidente da BB Seguridade se mostrou bastante otimista com o cumprimento das cinco projeções de desempenho ("guidance") da companhia para 2013 justamente por conta do resultado do quarto trimestre. Pelo resultado apresentado pela companhia de janeiro a setembro, o desempenho está abaixo do projetado em três das cinco metas estabelecidas para o ano: retorno sobre o patrimônio médio ajustado; crescimento da receita da operação de seguros de vida e rural (BB Mapfre SH1); e avanço da arrecadação de planos de previdência (Brasilprev).

As projeções de crescimento de receita com prêmios de seguros patrimoniais (BB Mapfre SH2) e de títulos de capitalização (Brasilcap) estão em linha com o "guidance". "A companhia vem 'pilotando' a força de vendas e promoveu ajustes que terão efeito no quarto trimestre", disse Labuto.

No campo societário, o conselho de administração da companhia aprovou na semana passada a convocação de assembleia para deliberar sobre a reforma do estatuto da empresa e para a eleição de um representante dos acionistas minoritários para os conselhos de administração e fiscal. Segundo Labuto, a data da assembleia será marcada ainda esta semana.

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