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Mundo terá novas revoluções industriais e tecnológicas em 5 anos

Fonte: Revista Apólice - Jamille Niero
No médio prazo, os países emergentes e menos desenvolvidos terão que focar seus investimentos em inovação e conhecimento, porque as commodities não têm mais o mesmo valor que tinham antes. “Vivemos na economia do conhecimento. Se sairá melhor o país que conseguir exportar trabalho mental e não mais manual”, previu o jornalista Andrés Oppenheimer em palestra no 7º Insurance Service Meeting, realizado pela CNseg entre os dias 8 e 10 de novembro em Angra dos Reis, Rio de Janeiro.

As empresas precisarão encontrar maneiras de vender produtos mais sofisticados e que agreguem valor ao consumidor. Levar isso em conta será muito importante para os países da América Latina, incluindo o Brasil.

Segundo ele, esta tendência se intensificará nos próximos 5 ou 10 anos, devido a cinco revoluções tecnológicas e industriais que o mundo viverá neste período.

A primeira nova revolução industrial se dará em termos da manufatura, com a intensificação do uso de impressoras 3D. Apesar de já existirem há três décadas, esses itens eram muito grandes, o que dificultava sua utilização de forma mais “massificada”. Agora, com impressoras menores, mais pessoas podem usar – é algo parecido com o que ocorreu com o computador pessoal que, ao ser transformado em um item menor por Bill Gates, conseguiu alcançar um número maior de usuários. “Elas vão impulsionar a evolução industrial, porque poderemos imprimir qualquer coisa. As marcas vão disponibilizar o design dos produtos na internet e poderemos comprar esse design, customizar de acordo com nosso gosto e imprimir em 3D”, apontou o jornalista.

A segunda revolução envolve transportes. Montadoras como Audi, Volkswagem e Mercedes-Benz já ofertam carros com sensores que estacionam sozinhos. O Google já apresentou um carro que pode circular sem motorista e alguns estados norte-americanos já autorizaram testes com veiculos sem condutores em suas ruas. Carros que dirigem sem motorista já são realidade, é uma tecnologia que já existe e pode reduzir, e muito, acidentes com automóveis – considerando que 95% destes ocorrem devido a falhas humanas. Com isso, o risco de acidentes seria menor e, consequentemente, o seguro de automóvel não haveria necessidade de cobrir este risco. Estudos indicam que os prêmios de seguro diminuirão 20% até 2017 e 80% de 2018 a 2022 com o uso desta tecnologia. “As seguradoras precisarão diversificar mais seu portfolio”, brincou Oppenheimer. Mas por que essa tecnologia ainda não é aplicada de verdade nas ruas? “Ainda não ficou decidido de quem seria a responsabilidade caso ocorresse algum acidente”, justificou.

Ainda em transportes, outra tecnologia que deverá revolucionar o mundo é o uso de drones – veículos aéreos não tripulados. Hoje eles são usados majoritariamente pela polícia e guarda costeira, mas em breve, nos Estados Unidos, será possível o uso comercial. “A Domino’s (famosa rede de pizzarias norte-americana) está trabalhando para ter drones entregando suas pizzas”, sinalizou Oppenheimer, brincando que “as seguradoras recuperarão os prêmios que perderam em seguro de automóvel garantindo a alta circulação de drones nos céus”.

A terceira revolução tecnológica que deverá ser consistente nos próximos 5 anos será a médica. Hoje, já temos relógios que medem nossos passos, batimentos cardíacos e até quantas horas dormimos à noite. Em breve, este mesmo relógio, ao perceber alterações no seu batimento cardíaco, já enviará os dados automaticamente para seu médico, que entrará em contato para verificar o que houve.

A quarta revolução será a da educação, com a educação individualizada e o auxílio da tecnologia. Os estudantes passarão a estudar em casa e fazer o dever de casa na escola, com a ajuda dos professores.

A revolução espacial será a quinta. Empresas privadas, como a gigante Virgin Galactic, já se articulam para a pesquisa e o turismo espacial, que deverá acontecer muito em breve.

“Essas revoluções representam boas oportunidades para o mercado segurador”, complementou Oppenheimer, acrescentando que os países que se sairão melhor, crescerão mais rapidamente e reduzirão mais a pobreza serão aqueles que investirem mais no trabalho intelectual.
 

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