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Número de pontos de atendimento do Dpvat atinge 98% das cidades após convênio

Fonte: CNseg

Outro desafio recorrente é reduzir sinistros e abrir eventuais espaços para elevar valores das indenizações

Nunca em seus 39 anos de história o Dpvat esteve em situação tão confortável em termos de pontos de atendimento aos segurados. Após conviver com a crítica de concentrar seus pontos em cidades de médio e grande porte no passado, agora o DPVAT está presente em 98% das cidades brasileiras, graças, sobretudo, ao convênio firmado com os Correios, em julho de 2013, que passou a prestar atendimento em todas as agências no País. Acrescente-se aí corretores e as sucursais das seguradoras participantes do consórcio Líder Dpvat e restará um gap de 2%, que tende a ser minorado com a ampliação da rede dos Correios, principalmente. “Ou mesmo por meio dos corretores”, afirma o diretor de Relações Institucionais da Seguradora Líder Dpvat, José Márcio Norton.

Se a equação da oferta de pontos de atendimento está bem conduzida, outro desafio recorrente do seguro Dpvat refere-se a medidas que reduzam o número de acidentes com vítimas no trânsito brasileiro. Hoje, o volumoso pedido de indenizações por morte, invalidez e despesas hospitalares decorrentes de acidentes de trânsito impede o aumento dos valores segurados. “O grande desafio é reajustar as indenizações sem ter de repassar aos consumidores”, afirma Norton, para quem o melhor caminho seria a redução dos acidentes. Para ele, em seu estado de arte, além de coberturas maiores, o seguro Dpvat poderia incluir também o pagamento das despesas com sepultamentos das vítimas. “Mas antes é preciso promover mudança no comportamento dos condutores”, afirmou ele, em palestra apresentada no encontro anual da Associação dos Supervisores de Seguros Lusófonos (Asel), realizada, na semana passada, no Rio de Janeiro.

Norton reconhece que a tarefa não é das mais fáceis. O esforço por um trânsito mais seguro esbarra em falta de campanhas de conscientização, já que, historicamente, os recursos repassados ao Denatran para este propósito são contingenciados para formar o superávit primário. Anualmente, 5% das receitas do seguro Dpvat são destinados ao Denatran para realizar campanhas, mas as verbas não são utilizadas integralmente. Outros 45% destinam-se ao Sistema Único de Saúde (SUS), a título de ressarcimento de despesas por atendimento a vítimas de acidentes de trânsito. No ano passado, tais desembolsos somaram R$ 3,5 bilhões, a metade dos R$ 7,1 bilhões em receita bruta gerada pelo Dpvat. Da parte gerida pela Seguradora Líder Dpvat, R$ 2,845 bilhões foram devolvidos em forma de indenizações, incluindo-se os de origem administrativa e judicial.

O que é mais assombroso é que o trânsito não só mata, o que já é trágico, mas também invalida um contingente enorme da população economicamente ativa. “Eles não só deixam de contribuir para a Previdência Social, mas também passam a receber aposentadoria precocemente”, afirma José Norton.
Segundo ele, a maior parte de indenizações pagas foi destinada a vítimas entre 18 anos e 44 anos no ano passado, universo que representou 70,23% dos desembolsos. Por gênero, os homens lideraram, com 77%, ao passo que mulheres ficaram com 23%.

No ano passado, as indenizações por invalidez somaram R$ 1,4 bilhão, totalizando 352,495 pedidos. Os pagamentos por morte das vítimas de acidentes alcançaram R$ 769,5 milhões, com 60.752 pedidos, enquanto os desembolsos por despesas médicas atingiram R$ 86,4 milhões, com 94.668 indenizações.

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