Seguros ganham peso na bolsa
Fonte Brasil Econômico
Setor deve contar com mais empresa listada e provável ingresso na nova carteira de ações do Ibovespa em 2014
Em meio a chegada da Swiss Re ao capital da SulAmérica e o lançamento de recibos de ações da novata BB Seguridade em Nova Iorque, o setor de seguradoras abertas em bolsa se prepara para outro passo marcante. A nova composição do Ibovespa, esperada para janeiro, deverá ter uma representante do setor. De acordo com analistas, é grande a chance de a BB Seguridade entrar na carteira teórica mais representativa da bolsa. Na prática, será mais um atrativo para os investidores se aproximarem do setor, que movimentou R$ 128 bilhões no ano até setembro, mas que conta com apenas três representantes nos segmentos de listagem da Bovespa.
“Não se trata de simples desejo ou crença; é uma equação que define as empresas do Ibovespa. Essa fórmula foi analisada e a nossa conclusão é de que a BB Seguridade se enquadra na carteira”, avisa Marcelo Labuto, diretor-presidente da empresa, que na bolsa é acompanhada pelas concorrentes SulAmérica e Porto Seguro.
Até abril, apenas as duas representavam o setor no pregão. Foi naquele mês que a BB Seguridade fez a maior oferta pública inicial de ações (IPO, em inglês) do ano no mundo, ao levantar R$ 11,4 bilhões com a venda secundária de ações. “A operação de uma seguradora demanda pouco capital, o IPO foi por outro motivo. O banco entendeu que o mercado não precificava direito a unidade de negócio. Combatemos com a abertura das informações. O IPO mudou a percepção que os investidores tinham da operação e, consequentemente, do Banco do Brasil (BB)”, explica Labuto. Desde então, o valor de mercado da BB Seguridade saltou de R$ 30 bilhões para os atuais R$ 49 bilhões. O BB, que tem 66,25% do seu capital social, valorizou-se de R$ 52 bilhões para R$ 85 bilhões.
O executivo estipula para dezembro o lançamento de recibos de ações no mercado americano. “A entrada no Ibovespa e a emissão dos recibos vai potencializar a liquidez das ações”, acredita. Outro chamariz para ações do setor é a alta distribuição de dividendos, que no caso da BB Seguridade chega a 80% do lucro.
Aproveitando o bom momento, o IRB Brasil Re se candidatou a ser a próxima novata do setor na bolsa. Esse mês, anunciou sua intenção de abrir o capital nos próximos dois anos. Antigo monopolista, o IRB tem a BB Seguridade em seu capital desde agosto, quando a companhia adquiriu o equivalente a 20,4% das ações por R$ 547 milhões.
Uma gigante mundial do setor, a Swiss Re, anunciou nessa semana a compra de 14,9% da SulAmérica por US$ 334 milhões. “A SulAmérica é uma seguradora multimercado bem estabelecida e bem sucedida no Brasil, onde vemos oportunidades de crescimento atrativas”, anunciou o CEO mundial, Michel Liès.
O espaço para melhora apareceu no último balanço da SulAmérica. A companhia, que desvalorizou no ano, apresentou lucro líquido de R$ 117 milhões. “O mercado esperava mais. As despesas administrativas 20,6% maiores afetaram o resultado, o que não ocorreu com a Porto Seguro”, aponta o analista Thiago Souza, da XP Investimentos.“O destaque foi o segmento de automóveis, que representa dois terços do faturamento da Porto Seguro. Em 2012 foi sofrível mas esse ano conseguimos recuperar as margens, agora em níveis saudáveis”, conta Marcelo Picanço, diretor financeiro da Porto Seguro, que tem o Itaú em seu bloco de controle.
Setor deve contar com mais empresa listada e provável ingresso na nova carteira de ações do Ibovespa em 2014
Em meio a chegada da Swiss Re ao capital da SulAmérica e o lançamento de recibos de ações da novata BB Seguridade em Nova Iorque, o setor de seguradoras abertas em bolsa se prepara para outro passo marcante. A nova composição do Ibovespa, esperada para janeiro, deverá ter uma representante do setor. De acordo com analistas, é grande a chance de a BB Seguridade entrar na carteira teórica mais representativa da bolsa. Na prática, será mais um atrativo para os investidores se aproximarem do setor, que movimentou R$ 128 bilhões no ano até setembro, mas que conta com apenas três representantes nos segmentos de listagem da Bovespa.
“Não se trata de simples desejo ou crença; é uma equação que define as empresas do Ibovespa. Essa fórmula foi analisada e a nossa conclusão é de que a BB Seguridade se enquadra na carteira”, avisa Marcelo Labuto, diretor-presidente da empresa, que na bolsa é acompanhada pelas concorrentes SulAmérica e Porto Seguro.
Até abril, apenas as duas representavam o setor no pregão. Foi naquele mês que a BB Seguridade fez a maior oferta pública inicial de ações (IPO, em inglês) do ano no mundo, ao levantar R$ 11,4 bilhões com a venda secundária de ações. “A operação de uma seguradora demanda pouco capital, o IPO foi por outro motivo. O banco entendeu que o mercado não precificava direito a unidade de negócio. Combatemos com a abertura das informações. O IPO mudou a percepção que os investidores tinham da operação e, consequentemente, do Banco do Brasil (BB)”, explica Labuto. Desde então, o valor de mercado da BB Seguridade saltou de R$ 30 bilhões para os atuais R$ 49 bilhões. O BB, que tem 66,25% do seu capital social, valorizou-se de R$ 52 bilhões para R$ 85 bilhões.
O executivo estipula para dezembro o lançamento de recibos de ações no mercado americano. “A entrada no Ibovespa e a emissão dos recibos vai potencializar a liquidez das ações”, acredita. Outro chamariz para ações do setor é a alta distribuição de dividendos, que no caso da BB Seguridade chega a 80% do lucro.
Aproveitando o bom momento, o IRB Brasil Re se candidatou a ser a próxima novata do setor na bolsa. Esse mês, anunciou sua intenção de abrir o capital nos próximos dois anos. Antigo monopolista, o IRB tem a BB Seguridade em seu capital desde agosto, quando a companhia adquiriu o equivalente a 20,4% das ações por R$ 547 milhões.
Uma gigante mundial do setor, a Swiss Re, anunciou nessa semana a compra de 14,9% da SulAmérica por US$ 334 milhões. “A SulAmérica é uma seguradora multimercado bem estabelecida e bem sucedida no Brasil, onde vemos oportunidades de crescimento atrativas”, anunciou o CEO mundial, Michel Liès.
O espaço para melhora apareceu no último balanço da SulAmérica. A companhia, que desvalorizou no ano, apresentou lucro líquido de R$ 117 milhões. “O mercado esperava mais. As despesas administrativas 20,6% maiores afetaram o resultado, o que não ocorreu com a Porto Seguro”, aponta o analista Thiago Souza, da XP Investimentos.“O destaque foi o segmento de automóveis, que representa dois terços do faturamento da Porto Seguro. Em 2012 foi sofrível mas esse ano conseguimos recuperar as margens, agora em níveis saudáveis”, conta Marcelo Picanço, diretor financeiro da Porto Seguro, que tem o Itaú em seu bloco de controle.
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