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Casos de incêndio em prédios comerciais aumentam 85,9%

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

Pesquisa do Instituto Sprinkler Brasil (ISB), criado pelas empresas globais do segmento de seguros FM Global e Allianz, aponta aumento considerável de 45% no número de incêndios no Brasil em 2013, no total de 1.095. Foram em média 91 casos por mês, contra a média de 62 no exercício anterior. O levantamento é baseado apenas em eventos noticiados pela imprensa e não compila incidentes ocorridos em residências, nem em florestas.

Pelo monitoramento do ISB, observa-se que 31,2% do total de incêndios estruturais registrados no País em 2013 ocorreram em prédios comerciais, como lojas, shopping centers e supermercados. O crescimento foi de nada menos que 85,9%, com 342 casos, 158 a mais do que em 2012, quando a liderança em números de incêndios pertencia aos depósitos e galpões, com 26,5% do total. Esta parcela em 2013 diminuiu para 19,7%. Em tais ocupações, as ocorrências subiram 8% em um ano, de 200 para 216.

Dependências industriais foram a terceira categoria mais castigada pelos incêndios no Brasil, com 185 registros noticiados em 2013, 16,9% do total. Os casos aumentaram 5,7% sobre 2012 (23,2% do total). Na quarta posição do ranking apareceram os centros educacionais e culturais (9,2% do total), que em 2012 estavam em sexto lugar (4,4%). Os incêndios cresceram expressivos 206,1% de um ano para outro, de 33 para 101 eventos.

Já os locais que reúnem público pularam do 8º para o 5º posto no ranking em um ano. A quantidade de fatos flagrados pela imprensa aumentou nada menos que 295,6%. De 2012 para 2013, os incêndios noticiados passaram de  23 para 91. Nesta classificação do ISB estão casas noturnas, teatros, restaurantes, clubes, estádios e igrejas, entre outros estabelecimentos.

Por estado

Entre os estados que apresentaram mais ocorrências, o Rio Grande do Sul foi o que apontou o maior aumento de casos de incêndio noticiados no País em 2013. Foram 116, contra 60 em 2012, avanço de 93,3%. Em Brasília, a alta foi de 73,3%, em Minas Gerais de 70,8%, em Pernambuco de 52,8% e no Rio de Janeiro e em Santa Cataria, de 48,3%, cada um.

O número maior de incêndios noticiados em terras gaúchas pode ser explicado pela ocorrência da tragédia da boate Kiss, na cidade de Santa Maria. “Esse grande incêndio pode ser considerado uma explicação para o aumento expressivo de notícias no Rio Grande do Sul em relação aos demais estados brasileiros, pois causou um grande impacto em todo o País, despertou mais atenção para o assunto e provocou engajamento por parte de autoridades e da sociedade civil”, avalia o diretor- geral do Instituto Sprinkler Brasil, Marcelo Lima.

Mas foi a quantidade de incêndios reportados em São Paulo (238, 21,7% do total) que seguiu expressivamente maior do que nas demais unidades federativas, assim como notado no ano anterior. Minas Gerais veio em seguida, com 123 ocorrências (11,2%). Logo depois apareceu o Rio Grande do Sul (10,6%), acompanhado de Rio de Janeiro e Santa Catarina, cada um com 8,1% (89 registros).

A iniciativa do ISB de monitorar os incêndios noticiados pela imprensa é uma forma de entender minimamente o que ocorre no Brasil em relação a esse risco. Na opinião de Marcelo Lima, a falta de divulgação dos dados oficiais por parte dos Corpos de Bombeiros dos estados é um grave problema que impacta na formulação de políticas públicas sobre o assunto no País.

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