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Planos de previdência privada voltam a ter superávit

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

Carteira de investimento vai a R$ 368 bilhões, com a participação de quase 13,9 milhões de participantes, que em novembro injetaram no sistema R$ 7 bilhões, perfazendo um tíquete médio superior a R$ 520

Os brasileiros voltaram a apostar na rentabilidade dos planos de previdência complementar aberta. Segundo o presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), Osvaldo do Nascimento, pesquisas realizadas pela entidade indicam a preocupação das pessoas com as condições de vida que terão na velhice. “O elevado volume das novas contribuições para a previdência complementar aberta reflete essa preocupação das pessoas com a qualidade de vida no futuro, principalmente após a aposentadoria”, diz o executivo, acrescentando que quem investe em previdência privada busca “oportunidades de maiores ganhos no longo prazo”.

Ele diz ainda que a vantagem tributária é o grande diferencial do produto na comparação com outras modalidades de investimentos. Dessa forma, não por acaso, a captação líquida (diferença entre contribuições e resgates), vem crescendo mensalmente desde setembro passado, depois de um período de queda. De acordo com a Fenaprevi, o saldo positivo atingiu a marca de R$ 3,9 bilhões em novembro passado, 6,7% acima dos R$ 3,6 bilhões de outubro, segundo os últimos dados disponíveis.

Os depósitos em planos de previdência complementar aberta contabilizaram em novembro R$ 7 bilhões, alta de 3,2% na comparação com os R$ 6,8 bilhões registrados no mês de outubro. Como o segmento possui atualmente 13.487.031 contratos ativos, calcula-se que o depósito (tíquete) médio mensal foi superior a R$ 520 em novembro. O setor tem ainda 94.666 pessoas usufruindo de benefícios, como aposentadorias complementares, pecúlios, por morte e por invalidez, e pensões, também por morte e por invalidez.

Relevante foi também o montante de recursos acumulados na carteira de investimentos das empresas de previdência complementar aberta, que atingiu o patamar de R$ 368 bilhões no final de novembro, com alta de 11% em relação aos R$ 331,5 bilhões computados em idêntico mês do exercício anterior.

Visão de futuro

Na avaliação de Osvaldo do Nascimento, outro ponto positivo é o resultado obtido a partir das ações de orientação e educação financeira organizadas pelas empresas do setor. “Isso ocorre principalmente em relação à importância de uma visão de longo prazo. Assim, quem tem, ou pretende ter, um plano de previdência complementar aberta está começando a entender os benefícios e a importância da adequação dessas aplicações ao momento de sua vida e ao seu perfil de risco”, diz Osvaldo Nascimento.

Ele destaca ainda que nos investimentos feitos em planos de previdência complementar (seja no PGBL ou no VGBL), não há cobrança do Imposto de Renda a cada seis meses sobre os rendimentos obtidos, como ocorre em outras aplicações, à exceção da caderneta de poupança. Outra característica do PGBL e do VGBL é a possibilidade do poupador optar pelo regime de alíquotas regressivas do Imposto de Renda, significando, deste modo, que, quanto mais tempo os recursos permanecerem aplicados, menor será a alíquota incidente desse tributo.

Crescimento

O levantamento feito pela Fenaprevi indica que, no acumulado de janeiro a novembro de 2013, os recursos captados pelo sistema chegaram a R$ 65,2 bilhões, com salto da ordem de 5,4% em relação ao total verificado em idêntico período do ano anterior.

Na análise por tipo de produto, os planos individuais tiveram incremento de 6,6%, para R$ 57,6 bilhões, e os planos empresariais de R$ 6 bilhões, com leve retração de 0,5%; enquanto os planos para menores sofreram retração de 12,4%, ao atingir R$ 1,5 bilhão.

Ainda de acordo com os da- dos da Fenaprevi, cinco empresas responderam por cerca de 90% do faturamento global do setor: Bradesco (32,1%), Itaú (23,9%), Brasilprev (22,4%), Zurich Santander (5,8%) e Caixa (5,8%).

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