Mercado de microsseguros atrai companhias tradicionais

Fonte: IstoÉ Dinheiro

Com 178 anos de atuação no Brasil, Mongeral Aegon foi autorizada a entrar no segmento 

Por Luiz Gustavo PACETE

Mais uma seguradora recebeu autorização da Superintendência de Seguros Privados (Susep) para comercializar microsseguros. Desta vez, foi a tradicional Mongeral Aegon, que tem 178 anos de atuação no mercado nacional. Segundo Leonardo Lourenço, superintendente de marketing da companhia, o carro-chefe será o plano “Minha Família” que passará por ajustes para entrar na categoria de microsseguros. Atualmente, esse produto representa 7% da base de clientes da Mongeral, que, por um valor mensal de R$ 8,70, recebem cobertura de morte, cesta básica e auxílio funeral.

A estimativa de Lourenço é que o atual número de cinco mil contratos fechados mensalmente cresça para 10 mil. “Nosso foco é o Nordeste, mas também pretendemos estender a participação dos seguros populares para todo o País. É uma grande oportunidade na medida em que você possui 55 milhões de pessoas não bancarizadas no Brasil e que têm nas seguradoras independentes uma forma de consumir este tipo de serviço.”

 

 

              O potencial desse mercado no Brasil varia entre 80 milhões a 100 milhões de pessoas

 

Segundo Lourenço, para atuar no segmento foi necessária a criação de uma estratégia diferenciada de distribuição, já que para as seguradoras independentes é mais desafiador chegar até o consumidor final, uma vez que não possuem a mesma estrutura dos bancos. ”Para potencializarmos nossa distribuição fizemos uma parceria com o grupo mexicano Finsol, especializado em crédito para microempreendedores e que está presente em Pernambuco, Ceará, Alagoas, Piauí e Maranhão.”

 

Em dezembro, a Caixa Seguros ampliou a sua participação no segmento. Por pouco mais de R$ 20 por mês, o segurado da Caixa tem cobertura por danos em caso de acidente e em serviços como reboque, troca de pneus e chaveiro. O objetivo da empresa é atender uma demanda de 26 milhões de veículos que circulam no País sem nenhuma proteção. O potencial do mercado de microsseguros no Brasil varia entre 80 milhões a 100 milhões de pessoas, segundo estimativas da Fundação Getúlio Vargas.