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Os novos alvos das seguradoras

Fonte IstoÉ Dinheiro

 Proteção para executivos, contra ataques cibernéticos, riscos ambientais e até para animais de estimação ganham mais adeptos no Brasil

Por Andrea ASSEF

O mau humor dos diretores de TI é justificado. Um estudo da corretora americana Marsh denominado 2013 Cyber Risk Survey, mostra que 54% das empresas europeias sofreram algum ataque cibernético recentemente. Por isso, a busca por proteção contra essas ameaças é crescente. Seguradoras como a americana AIG criaram a apólice “cyber liability”, ou de responsabilidade cibernética. Destinada às empresas que guardam dados sigilosos dos clientes, ela ressarce os prejuízos causados por ataques de hackers. Lançada há mais de duas décadas nos Estados Unidos, ela ainda é pouco conhecida por aqui.
 


A primeira a ser lançada foi a CyberEdge, da AIG Brasil, em 2012. “Ela cobre prejuízos a terceiros causados pelo vazamento de dados, custos para reparação de um banco de dados corrompido por ataque de hacker ou até perdas em decorrência de extorsão virtual”, diz Flávio Sá, coordenador de produtos financeiros da AIG Brasil. Segundo ele, eventos como Copa do Mundo e Olimpíada elevam o risco de ataques. Os interessados na proteção são empresas com grandes bases de dados, como telefônicas, hospitais, companhias aéreas e de e-commerce. 

            Fabiana, da Allianz: "Apenas 40% das grandes empresas protegem seus executivos"

“Há cada vez mais investimentos em firewalls e criptografia, mas é importante ter proteção, pois uma cyberapólice custa muito menos que os prejuízos no caso de um ataque”, diz Marcelo Pollak, gerente da corretora Willis. Mais conhecido, o seguro de responsabilidade civil, também chamado D&O, de “directors & officers”, ainda tem muito espaço para crescer. Fabiana Campos, diretora da resseguradora alemã Allianz, diz que hoje 14 seguradoras oferecem esses produtos no Brasil, para proteger o patrimônio pessoal dos diretores e gerentes contra demandas jurídicas.

“No início, era procurado apenas por multinacionas, depois por companhias abertas nacionais e ultimamente até por pequenas e médias empresas”, diz Fabiana. Sua estimativa é de que o mercado seja de três mil apólices. “Das mil maiores empresas do Brasil, apenas 40% têm esse tipo de cobertura”, avalia. O seguro Pet é outra novidade com grande potencial no Brasil, um dos maiores mercados de animais de estimação do mundo. Segundo Henrique Faria, gerente de linhas pessoais da AIG, nos planos feitos especialmente para cães e gatos domésticos, que existem desde 2013 no País, a apólice garante a indenização no caso de morte acidental do animal e cobre serviços emergenciais e despesas com funeral.


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