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Zurich avança no mercado de capitalização

Fonte: IstoÉ Dinheiro

Grupo suíço investe R$ 20 milhões e cria empresa que vai se dedicar a um segmento que deve movimentar R$ 36 bilhões até 2016.

Por Luiz Gustavo PACETE

Aumento da renda, diversificação de canais e avanço da oferta, são esses os três principais motivos responsáveis pelo crescimento do mercado de capitalização no Brasil, em 2013. Segundo a Federação Nacional de Capitalização (FenaCap), no ano passado, o setor avançou 26,3% faturando R$ 20,9 bilhões, melhor resultado da última década. A previsão é que as empresas de títulos de capitalização faturem R$ 36 bilhões até 2016. 

 
De olho neste mercado, a suíça Zurich Seguros investiu R$ 20 milhões para concorrer de igual para igual com os grandes players criando a Zurich Brasil Capitalização. A nova empresa nasce com um capital de R$ 21,8 milhões e três milhões de títulos na carteira. Desde 2003, o grupo comercializa serviços de capitalização, porém, de baixo valor agregado e por meio de uma rede terceirizada. “Agora, será possível atuar no mercado de títulos tradicionais, onde os valores são mais altos e o potencial é maior”, disse à DINHEIRO, Richard Vinhosa, CEO de vida e previdência da Zurich Seguros.
 
 


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Richard Vinhosa, CEO de vida e previdência da Zurich Seguros
 
 
De acordo com Vinhosa, o objetivo da empresa é chegar a 2% de market share nos próximos três anos, inicialmente, serão oferecidas três modalidades de títulos. “Essa meta pode ser acelerada caso consigamos avançar na estratégia de conseguir parceiros exclusivos de distribuição.” A empresa já negocia a comercialização de seus produtos com bancos e redes de varejo. “Atuando neste mercado há dez anos percebemos o potencial que ele possui no Brasil e isso nos motivou a ampliar nossa atuação e criar um novo braço dedicado ao segmento.” 
 
 
Sobre o perfil de seu público alvo, Vinhosa explica que capitalização não é produto apenas das classes emergentes. Segundo ele, a carteira da Zurich consiste em 70% de clientes da classe C, 10% da D, 5% da B e 5% da A. “Essas pesosas procuram os títulos de capitalização, sobretudo, para poupança e planejamento na aquisição de bens, viagens e pagamento da universidade dos filhos.” De acordo com Kristof Terryn, CEO global da Zurich, os investimentos no Brasil e em mercados emergentes só estão começando. “Além do Brasil, México, Indonésia e Malásia são regiões importante para fecharmos novos negócios e investirmos nos próximos anos.” 
 
 
Apesar de manter uma estratégia de crescimento moderada, periodicamente a Zurich investe em crescimento no Brasil. Em 2008, a empresa comprou a Companhia de Seguros Minas Brasil e a Minas Brasil Vida e Previdência se tornando o quarto maior grupo segurador do país e em 2011, firmou uma parceria com o Santander criando uma joint-venture avaliada em US$ 3,3 bilhões para atuar na área de seguros.   

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