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Da Babilônia à atualidade, conheça a história dos seguros

Fonte: Contexto Seguro - Liberty Seguros

Trabalhar com seguros é algo que faz parte da nossa vida moderna, mas dificilmente paramos para pensar quando e como essa forma de proteção do consumidor surgiu ao longo da história. O seguro nasce junto de grandes empreitadas comerciais na Babilônia, 23 séculos antes de Cristo. Naquela época, caravanas cruzavam os desertos do Oriente Médio para comercializar camelos em várias cidades, mas os rigores do deserto sempre levavam alguns animais no caminho.

Para reduzir as perdas, os comerciantes começaram a fazer acordos para pagar os camelos perdidos com uma parte do lucro total – assegurando, assim, que as caravanas permanecessem grandes, já que atravessar o deserto em poucas pessoas era muito perigoso. Em paralelo a isso, os fenícios, grandes navegadores do Mar Egeu e do Mediterrâneo, criaram acordos entre os donos de navios que partiam nas mesmas expedições, para que aqueles que perdessem a embarcação na viagem pudessem ganhar uma nova.

Na China antiga e no Império Romano, também existiram acordos entre membros de associações comerciais, visando ressarcir membros que tivessem algum tipo de prejuízo. Para evitar que um dos comerciantes perdesse toda a sua mercadoria em caso de naufrágio ou de morte do camelo, os participantes de expedições dividiam os produtos em vários transportes.

Com o Renascimento, a Expansão Marítima e o início do Mercantilismo, a cobertura de riscos começa a ganhar mais forma e complexidade, contando com contratos, empréstimos e perdão das dívidas caso a embarcação naufragasse. As primeiras apólices datam de 1385, em Pisa, e 1397, em Florença, e se tornaram comuns no final do século XIV. Após um grande incêndio de Londres, que em 1666 destruiu 25% da cidade, o mercado de seguros se expandiu e passou a cobrir moradias e outros produtos terrestres. Com a Revolução Industrial, os seguros começam a se tornar obrigatórios para a maioria das atividades comerciais.

No Brasil, o seguro chega com a família real portuguesa e a abertura dos portos, em 1808. É nesse ano em que surge a Companhia de Seguros Boa-Fé, que trabalhava com seguro marítimo de acordo com as leis portuguesas. O Brasil só lança leis próprias sobre seguros em 1850, com a promulgação do Código Comercial Brasileiro – e também é só aí que passamos a ter leis sobre seguros terrestres. O seguro de vida, ilegal até então, é aprovado em 1855, e em 1862 entram as primeiras seguradoras estrangeiras.

Em 1939, o governo Vargas cria o Instituto de Resseguro do Brasil (atual IRB Brasil Re), que exerceu o monopólio do resseguro até 2007. A SUSEP (Superintendência de Seguros e Privados) surge em 1966, como órgão oficial fiscalizador das operações de seguro.

Atualmente, o mercado de seguros brasileiro é fortemente concentrado em três sub-ramos: seguro saúde, seguros de pessoas (vida, acidentes e previdência) e automóveis. Juntos, estes seguros detiveram 85,7% da receita total do ramo em 2012 – e continuam crescendo, principalmente na área de planos de previdência. Se em 1990 o total gasto com previdência daria US$ 32 por habitante, em 2012 o total dos fundos já era US$ 395 por habitante.

Neste mesmo ano, o mercado arrecadou R$ 252,4 bilhões em prêmios diretos de seguros, saúde suplementar, contribuições previdenciárias e em títulos de capitalização. Tais prêmios e contribuições incrementaram provisões, que se elevaram a R$ 420 bilhões – ou 5,69% do PIB. As provisões também garantiram o pagamento de indenizações de sinistros, benefícios assistenciais e resgates de planos previdenciários e de capitalização no valor de R$ 135,2 bilhões – 3,05% do PIB do período. Se considerarmos que a arrecadação anual de prêmios de seguro chega a 10% do PIB nos países desenvolvidos, o Brasil, com os atuais 3,4%, ainda verá muitos anos de crescimento deste mercado.

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