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Consumo per capita de seguros quadruplica

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

Swiss Re constata que em dez anos houve aumento expressivo no gasto do brasileiro com coberturas securitárias, para US$ 443. Com isso, a fatia do País no mercado global pulou de 0,6% para 1,9%

O gasto do brasileiro com seguros subiu progressivamente nos últimos anos, como constata estudo da Swiss Re recém-divulgado, que também aponta um aumento da participação do Brasil no cenário global. De acordo com o levantamento, em 2004, o consumo per capita do Brasil em seguros girava em torno de US$ 101. No ano passado, o valor subiu para US$ 443, salto de 338,6%. Já a fatia correspondente ao mercado brasileiro no contexto mundial, em termos de receita de prêmios, também convertida em dólares, subiu de 0,6% para 1,9% em dez anos.

Mas o crescimento da receita global de prêmios emitidos diminuiu em 2013, subindo apenas 1,4% em termos reais, para US$ 4,641 trilhões. Em 2012, a alta fora de 2,5%, conforme revela o estudo Sigma mais recente da Swiss Re. A desaceleração é atribuída principalmente ao fraco desempenho de países mais avançados nas vendas de seguros de vida, que respondem por mais de 56% do mercado internacional.

O faturamento mundial dos seguros de vida, segundo o estudo, cresceu apenas 0,7% no ano passado, atingindo US$ 2,608 trilhões, abaixo da expansão de 2,3% em 2012. Os avanços observados na Itália (21,1%), França (3,9%), Reino Unido (2,6%) e Alemanha (2,2%) não foram suficientes para evitar a queda de 0,2% na receita de prêmios de vida movimentada nos mercados desenvolvidos, da ordem de US$ 2,2 trilhões. A demanda desacelerou fortemente nos Estados Unidos (-7,7%), para US$ 533 bilhões, e no Japão a evolução foi modesta (1,4%), para US$ 423 bilhões.

O recuo acentuado no mercado norte-americano no ano passado foi devido ao não-retorno de grandes negócios corporativos que impulsionaram os negócios em 2012. “A desaceleração do setor nos EUA estava
fora de sincronia com a recuperação econômica lá”, diz o economista-chefe da Swiss Re, Kurt Karl, que acrescenta: “Sim, a economia desacelerou um pouco, mas os números de emprego do ano passado e do mercado imobiliário foram positivos. Mesmo retirando o efeito dos grandes negócios corporativos em 2012, os prêmios de vida dos Estados Unidos ainda teriam tido queda de 1,6%”.

O desempenho do seguro de vida no mundo só não foi pior em 2013 graças aos mercados dos países emergentes, que registraram expansão de 6,4%, ao captar prêmios de US$ 408 bilhões (quase 17% do total do ramo vida). O crescimento foi sólido na América Latina e Caribe (12,2%), África (12,8%), Sul e Leste da Ásia (4,1%) e Oriente Médio e Ásia Central (5,6%). Na região emergente, a China (3,1%) e Índia (0,5%) retomaram o crescimento, depois de quedas nas vendas em 2012 devido a mudanças regulamentares. A Rússia avançou 47,4%, o Brasil 14,7% e o México, 7,3%.

Não-vida

Apesar de um crescimento menor que o registrado em 2012, de 2,7%, o estudo da Swiss Re mostra que o mercado global de seguros não-vida avançou 2,3% em 2013, aos US$ 2,033 trilhões. Nos mercados emergentes, o crescimento dos prêmios não-vida manteve-se forte em 8,3%, depois de 9,3% em 2012. E a solidez foi observada em todas as regiões, com exceção da Europa Oriental e Central. A expansão na Ásia emergente foi apoiada por um forte crescimento na China (15,5%). Na Índia, no entanto, depois do aumento de 8,9% em 2012, o crescimento das vendas desacelerou para 4,1%, devido a uma economia mais lenta. No Brasil, as vendas de seguros não-vida subiram 9,8% em 2013.

Quanto aos mercados avançados, o crescimento da receita de prêmios foi de apenas de 1,1% em 2013, abaixo de 1,5% do ano anterior. Por trás dessa desaceleração, o estudo aponta como causa principal o mercado ainda deprimido na Europa Ocidental, com teve alta nos prêmios para baixo de 0,3% devido ao fraco ambiente econômico. Na Ásia Central, o crescimento da receita desceu para 1,7%. Em 2012, alcançara 4,7%. Nos Estados Unidos, o faturamento de prêmios aumentou de forma constante em 1,7% e
no Canadá em 3,2%. A evolução dos seguros não-vida em mercados avançados permaneceu suave desde a crise financeira em 2008. O crescimento anual da receita foi de 0,7% entre 2009 e 2013 em comparação com 1,9% no período 2003-2007.

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