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Mordida de Suárez torna Liberty popular

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

Por Thais Folego | De São Paulo

 Luis Bonell, presidente da Liberty International, diz que tornar a marca mais reconhecida faz parte da estratégia da seguradora de crescer com lucratividade

A Liberty Seguros, patrocinadora da Copa do Mundo, acabou ficando com um bocado da popularidade de um dos lances mais inusitados do Mundial: a mordida que o craque uruguaio Luis Suárez deu no italiano Giorgio Chiellini, no jogo da primeira fase da competição. O "lance", que acabou virando hit na internet e foi reproduzido à exaustão, ocorreu bem em frente a um dos painéis de publicidade que ficam ao redor do gramado com a marca da seguradora.

Apenas um dos muitos vídeos do lance no YouTube tem quase três milhões de visualizações. Essa não era exatamente a circunstância que a companhia havia pensado para a exposição de sua marca quando decidiu patrocinar a Copa, há cerca de três anos. É inegável, porém, que contribuiu para o objetivo inicial, que era tornar a marca mais conhecida no país.

Próximo ao fim do campeonato, a companhia começa a colher alguns frutos. "Tivemos resultados no reconhecimento da marca pelo público. Agora somos citados entre as cinco marcas mais lembrados entre seguradoras", diz Luis Bonell, presidente da Liberty International, citando uma pesquisa encomendada pela empresa. Bonell cuida de todas as operações da companhia fora dos Estados Unidos e desembarcou no Brasil nesta semana para assistir a final da Copa no Maracanã, no domingo.

O executivo lembra que a Liberty está entre as dez maiores seguradoras do país, com faturamento de R$ 2 bilhões, mas não tinha sua marca conhecida do público em geral. A companhia atua, principalmente, no segmento de seguros de automóveis, de onde vem cerca de 80% de seu faturamento. A seguradora tem aproximadamente 1 milhão de veículos segurados. "Mas só éramos conhecidos por quem já era nosso cliente."

Segundo Bonell, em um mercado com uma competição acirrada como o brasileiro, em que concorre com nomes locais fortes, além de diversas seguradoras estrangeiras, ter uma marca conhecida faz parte da estratégia da companhia de crescer com rentabilidade. "Este é um segmento [seguro de carro] em que o preço é muito importante. Para concorrer, podemos adicionar serviços e distribuição, mas não era o suficiente", diz.

A companhia elegeu como foco, nos últimos três anos, tornar a operação brasileira lucrativa, o que conseguiu em 2013. No ano passado, a Liberty no país reportou lucro líquido de R$ 48,5 milhões, após ter apresentado prejuízo de R$ 21 milhões em 2012 e R$ 28 milhões em 2011. Segundo Bonell, a seguradora não quer crescer a qualquer custo. A ideia é equilibrar crescimento com lucratividade. As receitas com prêmios de seguros da companhia tem crescido, em média, 12% desde 2010.

A Liberty começou a operar no país em 1996, com a aquisição da Companhia Paulista de Seguros. Em 2008, deu um salto em sua operação com a compra da Indiana, marca com presença nas concessionárias de veículos. Hoje, é a maior operação do grupo fora dos EUA.

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