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No trânsito, distração pode ser fatal, aponta a Allianz

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

O estudo desenvolvido pelo centro de tecnologia do grupo segurador Allianz, AZT na sigla em inglês, apontou forte preocupação com a multiplicidade de aparelhos de comunicação móvel, equipamentos de entretenimento e os chamados dispositivos nômades que são usados no carro. A popularidade cada vez maior de smartphones e aplicativos e a abundância de outros dispositivos eletrônicos portáteis estão levando as pessoas a usá-los ao mesmo tempo em que dirigem. Cerca de 20% dos motoristas admitem escrever mensagens de texto ou emails ao volante e 30% leem estas mensagens, mesmo se, de acordo com os próprios motoristas, o fazem apenas “raramente” ou “ocasionalmente”.

Intitulado Distraction at the Wheel (Distração ao Volante), o estudo do AZT, que tem sede em Munique, na Alemanha, mostra que três quartos dos entrevistados para a pesquisa admitiram que divagam, às vezes, quando estão dirigindo, enquanto outros ficam bravos ou extremamente estressados ao volante. Estas perturbações internas são muitas vezes causas de acidentes do tipo “olhei, masnão vi”. Numa situação como
esta, o motorista está olhando para a via à frente, mas a mente está em outro lugar.

O grau de subestimação dos motoristas com relação aos riscos é surpreendente. Segundo o estudo, eles acham que fontes de distração vindas de fora do veículo são muito mais sérias do que uma perda de atenção
provocada por seu próprio comportamento: 72% dos motoristas disseram sentir-se distraídos por eventos ocorrendo fora do carro ou por pessoas. Um número maior ainda disse se distrair com paisagens ou prédios.

Desatenção

No entanto, a maior parte das situações críticas se origina de “tarefas secundárias”, que não estão diretamente relacionadas com o ato de dirigir. A realização de diversas atividades ao mesmo tempo sempre leva a mais erros de direção. O estudo mostra que dirigir com bebês, crianças pequenas e animais de estimação no carro faz com que haja muito contato ocular com as crianças. Ao mesmo tempo em que há mais olhares pelo retrovisor, um tempo significativamente maior é gasto desviando o olhar da via.

Atividades que distraem são frequentemente realizadas enquanto se espera no sinal vermelho. Entretanto, os cruzamentos nas cidades são lugares onde as condições de trânsito mudam de forma extremamente rápida.

O risco de ocorrer um acidente também aumenta quando o motorista está ocupado com tarefas manuais: 43% dos entrevistados que haviam sofrido um acidente nos últimos três anos disseram ter usado o telefone ao dirigir. Entre aqueles que não tiveram um acidente, este número foi de apenas 26%.

Quando os motoristas procuram objetos ou pegam coisas que escorregaram, o tempo gasto desviando o olhar da via aumenta em 15%. O risco de acidentes aumenta oito vezes. Outra distração comum: 40% dos entrevistados admitiu fazer ligações telefônicas ao volante.

Ao mesmo tempo, cerca de 60% consideram o uso de telefone celular como sendo uma das fontes mais perigosas de distração no trânsito.

De acordo com o estudo da Allianz, motoristas que às vezes usam o celular enquanto dirigem tiveram um acidente com frequência muito maior nos últimos três anos do que aqueles que não usam o celular. O risco de ocorrer um acidente aumenta de duas a cinco vezes se o motorista utilizar um celular.

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