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Ocorrências de incêndio no País diminuem 15,8% no 1º semestre

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

Levantamento do Instituto Sprinkler Brasil (ISB) aponta que no primeiro semestre houve uma queda significativa no número dos chamados incêndios estruturais, ocorridos em diversos tipos de locais construídos, como instalações industriais e comerciais, galpões, escolas, hospitais e hotéis, entre outros, exceto residências. Foram contabilizadas em média de 89 ocorrências por mês, totalizando 534, redução de 15,8% em relação aos 634 casos da primeira metade de 2013.

A pesquisa é feita através do monitoramento diário de notícias publicadas na imprensa. O IBS calcula que os dados gerados representam apenas entre 2% e 3% dos incidentes causados por fogo que ocorrem de fato no Brasil, devido à indisponibilidade de números divulgados oficialmente e com regularidade pelos Corpos de Bombeiros, bem como pela inexistência de um órgão nacional que compile essas informações.

Apesar do número total ter sido menor, o levantamento mostra um crescimento da quantidade de notícias sobre incidentes em alguns meses, estados e ocupações específicos. Foi o caso das ocorrências em estabelecimentos de serviços de saúde (hospitais, clínicas e postos de saúde), abordadas em 27 reportagens no semestre passado, contra 21 nos primeiros seis meses de 2013, e de serviços de hospedagens (hotéis, motéis, pousadas e pensionatos), com sete registros em 2014 e seis no último ano.

Na distribuição das notícias de incêndio por ocupação, na verdade, a proporção ficou praticamente estável. O diretor-geral do ISB, Marcelo Lima, conta que a manutenção das proporções se explica porque cada ocupação tem uma determinada carga de incêndio e elas diferem umas das outras. Segundo ele, isso significa que alguns lugares apresentam risco maior de passar por um incidente do que outros e é normal que isso aconteça em estabelecimentos comerciais, depósitos e indústrias, que muitas vezes podem trabalhar com grande quantidade de materiais combustíveis.

Por apresentarem maiores riscos de incêndio, Marcelo Lima entende que essas instalações merecem ainda mais cuidado ao se planejar a sua proteção contra chamas e mesmo que os números de notícias tenham sido menores, “ainda seguem sendo altos”.

Os meses de maio e junho últimos também tiveram um total de notícias sobre incêndios estruturais (102 e 101, respectivamente) maior do que seus correspondentes em 2013 (94 e 82). Finalmente, na comparação entre os períodos, foram encontradas mais matérias jornalísticas sobre incidentes com fogo nos estados do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Amazonas, Alagoas, Piauí e Sergipe em 2014
do que em 2013.

Na avaliação do IBS, os números de cada estado, de maneira geral, tiveram pequenas variações nos semestres comparados. No entanto, considera significativas algumas mudanças, com destaque para o Mato Grosso do Sul, que foi o que registrou maior aumento de notícias sobre incêndios estruturais e saltou da 15ª posição em 2013 para a nona neste ano, além de ter se tornado a unidade federativa com mais reportagens sobre o assunto na Região Centro-Oeste.

Acidentes ainda são muitos

Mesmo com a queda, Marcelo Lima reitera que o número de notícias sobre incêndios ainda é alto. Ele julga fundamental reforçar, em primeiro lugar, que a queda do número de notícias sobre incêndios estruturais não significa necessariamente que o total de ocorrências do gênero também diminuiu. O levantamento do IBS, prossegue, reflete como está a cobertura que a imprensa tem feito sobre incidentes com chamas. Ele acredita que essa redução pode ser explicada pelo fato do primeiro semestre do ano passado ter sido atípico por causa do incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria (RS). “Devido às proporções que a tragédia alcançou, com centenas de mortos e feridos, foi dada mais atenção a esse assunto naquele momento”, diz.

Aliás, ele destaca que isso mostra como o número de notícias sobre incêndios e, consequentemente, de ocorrências segue alto, pois no último semestre não houve um acidente como o da casa noturna gaúcha, mas as reportagens publicadas sobre o tema continuaram sendo frequentes.

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