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Saúde e automóveis garantem crescimento às seguradoras

Fonte: DCI

As seguradoras brasileiras que publicaram seus balanços do primeiro semestre – Bradesco Seguros, SulAmérica e Porto Seguro – confirmaram as expectativas do mercado de crescimento sustentável do setor, com evolução das receitas nos ramos de saúde, automóveis e capitalização, e desaceleração em seguro de vida e previdência privada. “A previdência já se recuperou; e nos seguros de vida, a expectativa do setor é de recuperação no segundo semestre, mesmo a desaceleração do crédito de automóveis, que afetou o seguro prestamista. O potencial em previdência é muito bom, mas ainda é um produto recentes para o brasileiro”, argumentou o diretor de relações com investidores (RI) da Porto Seguro, Marcelo Picanço.

Na Bradesco Seguros, que possui 25% de participação no mercado (market share), o faturamento com prêmios (receitas) evoluiu 22,2% no segundo trimestre de 2014 para R$ 13,992 bilhões, na comparação com o trimestre anterior. No primeiro semestre de 2014, a receita aumentou 5,2% para R$ 25,442 bilhões.

Mas na distribuição por ramos, a performance muda. Em doze meses, o área de vida e previdência recuou 7,1% na Bradesco Seguros, enquanto os prêmios com saúde subiram 21,1%, o ramo de automóveis avançou 31,5%, e a área de capitalização, aumento de 18,5% no período.

“A área de vida e previdência cresceu 46,2% em relação ao primeiro trimestre, marcando uma recuperação num segmento que passou por ajustes em períodos anteriores”, afirmou o presidente da Bradesco Seguros, Marco Antonio Rossi, em teleconferência de imprensa sobre os resultados.

Aos jornalistas, Rossi apontou a confiança de longo prazo no potencial do mercado de seguros e buscar um consumo per capita semelhante ao tamanho de nossa economia. “No caso do Brasil, seguradoras internacionais buscam entrar no país principalmente pelo baixo índice de consumo per capita de seguros, hoje está em US$ 443 por ano, o que coloca o Brasil na 44° posição mundial, o que nos torna um mercado de grandes oportunidades e de desenvolvimento do setor”, apontou o presidente.

Rossi enfatizou o crescimento em dois dígitos em saúde, automóveis e capitalização. “Em automóveis, o crescimento se deu em todas as regiões do Brasil. Na saúde, o destaque foi a carteira de pequenas e médias empresas, que evoluiu 37% em faturamento e em mais de 22% em número de beneficiados, superando 830 mil vidas. No total, são mais de 4 milhões de segurados em saúde”.

Já a Porto Seguro registrou receitas 17% maiores no primeiro semestre para o montante de R$ 7,3 bilhões, enquanto o lucro líquido semestral aumentou 23,3% para R$ 371,6 milhões. “Tivemos um resultado importante mesmo com a economia andando de lado”, justificou Picanço.

Nas diferentes marcas, a Porto Seguro Auto cresceu 14,6% em prêmios em doze meses, a Azul Seguros Auto avançou 19,6%, e a Itaú Auto e Previdência subiu apenas 1,1%. “Na marca Itaú, deixamos de aceitar alguns modelos de automóveis em algumas regiões [de maior sinistralidade]“.

Ainda no segmento, a SulAmérica apresentou um crescimento de 23% nas receitas do primeiro semestre de 2014 para R$ 8,2 bilhões. No desempenho do segundo trimestre por ramos, a área da saúde e da odontologia evoluiu 14,4% em doze meses, enquanto os prêmios com automóveis cresceram 13%, e capitalização em volume ainda pequeno saltou 82,3%. Já os seguros de vida e acidentais pessoais recuaram 7,6% no período, e previdência teve leve alta de 0,1% no período.

Em seu balanço, a SulAmérica observou o ritmo do ramo de vida e acidentes pessoais . “O ritmo de decréscimo desacelerou em relação aos comparativos do ano anterior, refletindo a estratégia de reposicionamento adotada em 2012 e intensificada em 2013″.

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