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É fácil contratar um seguro?

Fonte: O Progresso

Alexandre S. Peixoto
 
Se você vai até uma concessionária de veículos e compra um carro novo, pode sair deste estabelecimento já coberto por uma apólice de seguro contra colisão, incêndio, roubo e furto. Se você possui conta bancária e vai até seu banco pagar uma conta, seu gerente lhe oferece um plano de previdência privada, um seguro residencial ou até mesmo algum título de capitalização, com débitos descontados em sua conta corrente. Em outras palavras, hoje em dia tudo se tornou muito mais fácil no mundo, e no mercado de seguros não foi exceção. Por este motivo, com o intuito de evitar maiores problemas futuros, deve-se ter em mente que a compra de seguros exige muitos cuidados.

Na realidade, para a maior parte da população, contratar seguro pode ser bem complexo. Neste ponto reside a importância do corretor de seguros, pessoa física ou jurídica legalmente autorizada a arrecadar e celebrar contratos de seguro entre as seguradoras e seus clientes.

As companhias seguradoras, em regra, não vendem seguro diretamente aos segurados. Daí a necessidade da intermediação do corretor. O corretor de seguros é remunerado através de uma comissão, calculada por uma porcentagem sobre o valor do prêmio pago pelo segurado. A comissão é incluída no preço do seguro, e por isso, o corretor tem o dever legal de prestar ao segurado o melhor atendimento possível, estando sempre disponível e esclarecer toda e qualquer dúvida de seu cliente. Deve ainda o corretor prestar auxílio ao segurado quando ocorrer um acidente, comunicando à seguradora a ocorrência do sinistro, solicitando guincho ou assistência, enfim, dando todo o suporte necessário ao seu cliente.

Ao contrário do que muitos pensam, o corretor de seguros não é empregado da seguradora. Assim, pelo fato do corretor se encontrar em uma posição estratégica, tem a possibilidade de ajudar o seu cliente a buscar o produto que melhor atenda as suas necessidades sem se obrigar a vender apenas o seguro de uma determinada companhia.

Todas as seguradoras cobram o mesmo valor?

O mercado de seguros do Brasil é bastante competitivo, e por isso, os preços e as condições podem variar enormemente de empresa para empresa. Especificamente no caso do seguro de automóveis, podem-se encontrar diferenças de prêmios de mais de 100% em apólices com as mesmas coberturas. É também por este motivo que se deve sempre consultar um corretor de seguros, o qual represente pelo menos três grandes companhias seguradoras.

Teve problemas na contratação de seguro? A quem se deve recorrer?

Quando se contrata um seguro, o primeiro documento a ser preenchido e assinado pelo interessado/segurado e pelo corretor de seguros se chama Proposta. Este documento, após devidamente assinado pelas partes é transmitido eletronicamente para a seguradora escolhida, e esta dispõe de um prazo de 15 (quinze) dias para se manifestar se aceita ou não o risco que lhe é apresentado. Neste prazo, a companhia checa as informações e decide se aceitam o risco. Passado este prazo, a seguradora emite a Apólice, que é propriamente o contrato definitivo de seguro.

Suponhamos que o segurado recebeu a apólice e verificou discrepância em alguma cláusula, em comparação com a proposta. O segurado pode e deve reclamar, mas para maior eficácia da reclamação, a sugestão é seguir um caminho lógico. A primeira atitude a tomar é reclamar junto a quem lhe vendeu o seguro, seja o Corretor ou ao Gerente de seu Banco. Caso essa pessoa não consiga resolver seu problema, o segurado deve encaminhar sua reclamação ao Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da seguradora. Se o problema ainda continuar, recorra agora à ouvidoria da empresa, que está acima do SAC e que encaminhará seu requerimento à área competente da seguradora.

Biografia
Corretor de Seguros, Advogado e Sócio-Proprietário da POTENZZA CORRETORA DE SEGUROS. e-mail: alexandrepeixoto1976@ig.com.br. Site: www.corretorapotenzza.com

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