Fonte: O Estado de São PauloANS faz cobrança por causa do atendimento de beneficiários de planos em hospitais públicos; valor supera montante de 2013RIO - As operadoras de saúde devolveram ao governo federal R$ 184 milhões pelos gastos com o atendimento de beneficiários de planos em hospitais do Sistema Único de Saúde, em 2014. O valor, cobrado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), supera o montante ressarcido pelas operadoras ao longo de todo o ano de 2013 (R$ 183,2 milhões). O aumento da cobrança não significa que os beneficiários de planos tenham recorrido mais ao SUS - as operadoras pagaram dívidas de anos anteriores."Para que se tenha noção do que estamos falando, o volume de recursos que a ANS foi capaz de produzir em termos de ressarcimento nesses primeiros sete meses é capas de garantir a aquisição de 600 ambulâncias de UTI(Unidade de Tratamento Intensivo) do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), 65 UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento), 350 unidades básicas de saúde", comparou o ministro da Saúde, Arthur Chioro. Para cobrar o ressarcimento, a ANS faz o cruzamento de todas as autorizações de internação hospitalar emitidas pelo SUS com o cadastro dos beneficiários dos planos de saúde. A agência, então, notifica as operadoras e o dinheiro do ressarcimento vai para o Fundo Nacional de Saúde. As empresas que não reembolsam o SUS são inscritas no cadastro informativo de créditos não quitados do setor público federal (Cadin), o que impede que sejam contratadas pelo poder público. A ANS cobra, judicialmente, R$ 579,24 milhões."Ainda que a gente tenha algumas situações que dificultem o ressarcimento, a inscrição em dívida ativa garante que não haja nenhuma modalidade de perdão. Quando diminuir esse estoque (de cobrança de anos anteriores), vamos ficar só com o exercício anterior. Esse é o objetivo: em 2015 processar o ressarcimento de 2014, criando uma rotina, que esperamos que seja menor, na medida em que as operadoras entenderem que têm, de fato, que garantir na sua rede própria o serviço", afirmou Chioro.Ressarcimento ano a ano2000 - R$ 1,47 milhão2001 - R$ 12,01 milhões2002 - R$ 22,94 milhões2003 - R$ 12,20 milhões2004 - R$ 10,80 milhões2005 - R$ 12,15 milhões2006 - R$ 12,26 milhões2007 - R$ 8,24 milhões2008 - R$ 11,84 milhões2009 - R$ 5,66 milhões2010 - R$ 15,51 milhões2011 - R$ 83,07 milhões2012 - R$ 71,16 milhões2013 - R$ 183,26 milhões2014 - R$ 184,03 milhões (até julho)Nesta década: R$ 521,5 milhões arrecadadosDécada passada: R$ 123,5 milhões arrecadados
ANS faz cobrança por causa do atendimento de beneficiários de planos em hospitais públicos; valor supera montante de 2013
RIO - As operadoras de saúde devolveram ao governo federal R$ 184 milhões pelos gastos com o atendimento de beneficiários de planos em hospitais do Sistema Único de Saúde, em 2014. O valor, cobrado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), supera o montante ressarcido pelas operadoras ao longo de todo o ano de 2013 (R$ 183,2 milhões). O aumento da cobrança não significa que os beneficiários de planos tenham recorrido mais ao SUS - as operadoras pagaram dívidas de anos anteriores."Para que se tenha noção do que estamos falando, o volume de recursos que a ANS foi capaz de produzir em termos de ressarcimento nesses primeiros sete meses é capas de garantir a aquisição de 600 ambulâncias de UTI(Unidade de Tratamento Intensivo) do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), 65 UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento), 350 unidades básicas de saúde", comparou o ministro da Saúde, Arthur Chioro. Para cobrar o ressarcimento, a ANS faz o cruzamento de todas as autorizações de internação hospitalar emitidas pelo SUS com o cadastro dos beneficiários dos planos de saúde. A agência, então, notifica as operadoras e o dinheiro do ressarcimento vai para o Fundo Nacional de Saúde. As empresas que não reembolsam o SUS são inscritas no cadastro informativo de créditos não quitados do setor público federal (Cadin), o que impede que sejam contratadas pelo poder público. A ANS cobra, judicialmente, R$ 579,24 milhões."Ainda que a gente tenha algumas situações que dificultem o ressarcimento, a inscrição em dívida ativa garante que não haja nenhuma modalidade de perdão. Quando diminuir esse estoque (de cobrança de anos anteriores), vamos ficar só com o exercício anterior. Esse é o objetivo: em 2015 processar o ressarcimento de 2014, criando uma rotina, que esperamos que seja menor, na medida em que as operadoras entenderem que têm, de fato, que garantir na sua rede própria o serviço", afirmou Chioro.Ressarcimento ano a ano2000 - R$ 1,47 milhão2001 - R$ 12,01 milhões2002 - R$ 22,94 milhões2003 - R$ 12,20 milhões2004 - R$ 10,80 milhões2005 - R$ 12,15 milhões2006 - R$ 12,26 milhões2007 - R$ 8,24 milhões2008 - R$ 11,84 milhões2009 - R$ 5,66 milhões2010 - R$ 15,51 milhões2011 - R$ 83,07 milhões2012 - R$ 71,16 milhões2013 - R$ 183,26 milhões2014 - R$ 184,03 milhões (até julho)Nesta década: R$ 521,5 milhões arrecadadosDécada passada: R$ 123,5 milhões arrecadados
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