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II FAMA reúne 200 profissionais

Fonte: FENACOR

Cerca de 200 profissionais, incluindo as principais lideranças do mercado e formadores de opinião, participaram do II FAMA - Fórum Internacional de Alta Mediação de Seguros, realizado pela FENACOR, em parceria com o grupo espanhol ADI, no último dia 27 de novembro. O evento, que é considerado um dos mais importantes eventos mundiais do setor de seguros,  recebeu também dirigentes de órgãos reguladores e de entidades de diversos países da América Latina e da Espanha.

 

Logo na abertura, o presidente da FENACOR e da Copaprose, deputado Armando Vergilio, disse que as fronteiras “estão caindo” e que é preciso intensificar a integração do mercado latino. Ele citou como exemplo o papel que pode ser executado pela Escola Nacional de Seguros. “A Copaprose pretende levar a cultura da Escola Nacional de Seguros a todos os países da região”, anunciou Armando Vergilio.

 

Já o presidente da Escola Nacional de Seguros e vice-presidente da FENACOR, Robert Bittar, destacou que, com a globalização, grupos internacionais trouxeram suas culturas para o Brasil e para a América Latina, mas que chegou o momento de se inverter esse processo. “Está na hora de se identificar os anseios da sociedade latina, que são diferentes daqueles observados nos países desenvolvidos”, observou Bittar.

 

Por sua vez, o presidente da CNSeg e da Fides, Marco Antonio Rossi, frisou que o Brasil vive um “momento especial” de integração com a América Latina e que essa aproximação pode representar uma grande oportunidade para se ter um “mercado mais sólido”.

 

Ainda na abertura, o CEO do grupo ADI, Pasqual Llongueras, afirmou que o Brasil reúne todas as condições para liderar as “revoluções” que ocorrem no mercado latino americano. “Temos o desafio de ajudar a construiu um mundo diferente e muito melhor”, salientou.

 

Rossi.  Na conferência de abertura do II FAMA, o presidente da CNSeg e da Fides, Marco Antonio Rossi, acentuou que o mercado brasileiro aumentou sua participação no PIB local de 1% para 6% em 15 anos, graças à estabilidade na economia e ao pleno diálogo entre setor privado e órgãos reguladores.

Ele ressaltou, no entanto, que há muito espaço para avançar, pois o Brasil ainda consome poucos produtos e serviços do mercado de seguros. “O consumo per capita é apenas o 43º colocado no ranking mundial”, revelou.

Rossi citou como desafio maior do mercado brasileiro e latino atingir as classes mais pobres. Na avaliação dele, para vencer esse desafio, o setor precisa seguir a estratégia adotada pelos bancos. “Houve a bancarização. Nós devemos buscar a segurização”, frisou.

Segundo o presidente da CNseg e da Fides, no Brasil, há 152 milhões de pessoas sem seguros de saúde. Outras 125 milhões não contam com seguros de vida ou de acidentes pessoais. Além disso, não estão cobertos pelo seguro cerca de 58 milhões de residências, 38 milhões de veículos e 3 milhões de empresas. “não por acaso, seguradoras de todo o mundo querem estar presentes aqui”, acrescentou.

 

Bittar. O presidente da Escola Nacional de Seguros e vice-presidente da FENACOR, Robert Bittar, foi agraciado com o prêmio FAMA Internacional, pelos serviços prestados ao mercado.

 

Sem esconder a emoção pela homenagem, Robert Bittar se disse “surpreso, sensibilizado e agradecido” por esse reconhecimento e fez questão de dividir o prêmio com todos “que trabalham ao meu lado”.

 

PAINEL. Robert Bittar participou também do painel que discutiu a responsabilidade do corretor de seguros na construção do mercado e no desenvolvimento social.

Nesse painel, ele acentuou o fato de o corretor ter assumido, de fato, o papel de principal consultor da sociedade.

Lembrou também que as regras ainda são as mesmas para vendas consultivas ou massivas e enfatizou a necessidade de se entender as mudanças que ocorrem no setor para que se possa buscar o aprimoramento contínuo dos canais de distribuição.

Bittar declarou ainda que é fundamental haver uma ação integrada entre corretores, seguradoras e reguladores para haver uma penetração maior do seguro.

 

Joaquim. Antes do encerramento do II FAMA, o diretor da FENACOR, Joaquim Mendanha, apresentou os principais temas discutidos no evento que, na avaliação dele, representou um “marco na história do mercado de seguros da América Latina”.

Para ele, todos os participantes saíram do encontro ainda mais próximos e unidos. “Isso significa que foram plantadas aqui as sementes que logo irão germinar e gerar os frutos que favorecerão não apenas o mercado de seguros, mas toda a população da América Latina”, frisou.

 

Mendanha salientou ainda que, após a intensa troca de experiências registrada ao longo do evento, todos estavam prontos para absorver, uns dos outros, as “melhores práticas para o desenvolvimento e crescimento sustentado da indústria do seguro”.

 

Westenberger. No último painel do II FAMA, que discutiu o tema “Mercado regulamentado, regulado como Europa ou Mercado aberto?”, o superintendente da Susep,  Roberto Westenberger, falou sobre o papel da autarquia e da importância de se manter o equilíbrio financeiro no setor para garantir a proteção do consumidor e o desenvolvimento do mercado. “Sou ferrenho defensor do Solvência II, que irá vigorar na Europa a partir de 2016. É um modelo á prova de xenofobias e devemos usá-lo como exemplo para o Brasil”, frisou.

Westenberger salientou ainda que defende um modelo de supervisão do mercado “baseada em riscos” e defendeu ainda a importância da total transparência no setor. “Não há o que esconder do público”, completou.



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