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Novas regras da Susep devem aumentar necessidade de capital entre seguradoras, diz Moody's

Fonte: O Estado de São Paulo

Superintendência de Seguros Privados (Susep) publicou em 24 de dezembro critérios para apuração de capital de risco baseado no risco de mercado (CRmerc)

A agência de classificação de riscos Moody's afirmou que as novas regras anunciadas no final de dezembro pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) devem levar as seguradoras a levantar capital adicional vindo de acionistas para manter colchões de capital.

A Susep publicou em 24 de dezembro critérios para apuração do capital de risco baseado no risco de mercado (CRmerc) das sociedades seguradoras, entidades abertas de previdência complementar, sociedades de capitalização e resseguradores locais. Segundo o texto, o risco de mercado consiste na possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de flutuações dos mercados financeiros, que causam mudanças na avaliação econômica de ativos e passivos dessas sociedades.

As novas regras para o cálculo do CRmerc não se aplicam às operações do seguro obrigatório de danos pessoais causados por veículos automotores de vias terrestres, ou por sua carga, a pessoas transportadas ou não (DPVAT).
                                                                 Sede da Susep, no centro do Rio 

Entre as empresas que terão uma vantagem em levantar capital novo em relação a concorrentes menos eficientes estão seguradoras e resseguradoras ou grupos com acesso direto ao mercado de capitais, tais como Porto Seguro e BB Seguridade. Outros incluem aquelas com fortes controladoras nacionais, como Itaú Seguros e Bradesco Vida e Previdência, e internacionais, a exemplo de Chubb do Brasil Companhia de Seguros, ACE Seguradora e Swiss Re Corporate Solutions.

No entanto, as companhias com fraca rentabilidade e menor capacidade de gerar capital internamente ou aquelas com parceiros mais fortes, como Cescebrasil Seguros e Companhia Mutual de Seguros, deverão buscar combinações de negócios entre si.

"Como resultado do regime de solvência brasileira revisto, as seguradoras e resseguradoras locais já começaram a colocar maior ênfase na eficiência de capital e análise de rentabilidade ajustada ao risco de nível de produto no seu planejamento estratégico e na gestão de riscos e governança corporativa", afirmou a agência. Além disso, tendo em vista que encargos de capital de risco baseado no risco de mercado serão proporcionais à extensão de descasamento entre ativos e passivos, as seguradoras são incentivadas a endurecer a disciplina de gestão de ativos e passivos.

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