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Mesa redonda no SERES 2015 debate o futuro do mercado segurador

Fonte: Revista Cobertura

Mesa redonda no SERES 2015 debate o futuro do mercado segurador

Para apresentar os desafios, tendências e visões para o crescimento do setor, no final do primeiro dia do SERES 2015, em 29 de janeiros, CEOs, Heads e VPs de seguradoras e resseguradoras apresentarem seus pontos de vista. Guilherme Perondi Neto, VP & Head of Market Mangement da Allianz Global Corporate & Specialty RE, ilustrou o momento atual. “O cenário é de hipercompetitividade, baixo crescimento dos países, as taxas continuarão baixas e o retorno para os investidores na casa de 4%. O Brasil tem muitas oportunidades, é um mercado que cresce dois dígitos, diferentemente de outros países”, pontuou.

Paul Conolly, Head of Global Corporate & Commercial Latam da Generali, falou sobre a importância em inovar. “Concordo que houve inovação no nosso mercado, mas temos de pensar se os produtos que temos hoje são feitos de forma correta. No corporativo somos questionados em relação aos clausulados, que são mais amplos em outros países, mas 90% dos clientes não estão dispostos a pagar por isso, optam por quem oferece o melhor preço. Precisamos abrir o horizonte, trazer produtos diferentes, atrair novos clientes, mas olharmos o que já temos”, defendeu.

CEO do BTG Pactual Seguros, Andre Gregori, citou o exemplo do BB Mapfre, venda do seguro residencial no varejo, como inovação. “Nós temos inovado e criado mercado. Atitudes como da BB Mapfre estão de parabéns”, disse.

Luiz Macoto Sakamoto, diretor da Yasuda Marítima, subsidiária da Sompo Japan Nopponkoa do Brasil, comentou que a evolução do mercado de seguros se deu praticamente na última década e, junto, trouxe desafios. “Está acontecendo a espacialização, nichos, uma série de desafios que cada companhia terá que se posicionar. Canais de distribuição é um assunto para ser discutido, é sempre polêmico”, afirmou.

Na questão de grandes riscos, Beatriz de Moura Campos Mello Almada, senior Vice Presidente Legal & Compliance da Swiss RE, defendeu a importância do intermediador de conflitos para evitar sinistros letigiosos. “Às vezes os conflitos  nos chegam tardio e da forma como vêm, das partes envolvidas aceitarem as condições, vemos muitos sinistros letigioso”, comentou

“Grandes riscos é uma tendência e abre uma tremenda oportunidade para os corretores que tem expertise e tem espaço para trabalhos de mediação. Já vi situações que saíram do controle e contar com profissionais especializados pode agregar muito na relação segurado e segurador”, validou Guilherme Perondi Neto.

E como ferramenta, a telemetria pode ajudar na avaliação do risco. Segundo Paul Conolly, a Generali tem produto de telemetria e já estuda trazê-lo para o Brasil. “Telemetria pode ajudar na precificação de forma mais exata para o risco”, complementou.

Luiz Macoto Sakamoto alertou sobre os riscos com as adaptações de clausulados internacionais. “Isso tem gerado um risco enorme na relação seguradora e resseguradora. Para ramos corporativos que dependem de alto resseguro como do mercado londrino, em que as cláusulas já estão estabelecidas, traduzi-las pode ser um risco, a seguradora pode ter diferença no clausulado, pode deixá-la descoberta de resseguro”, concluiu.

A Revista Cobertura foi parceira de mídia do evento.

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